Segundo Milton Reis, secretário de Estado do Planeamento, estas parcerias estão estabelecidas num plano que determina as fases para a preparação, negociação e lançamento do procedimento, numa lista de 41 potenciais projectos de investimento.
O projecto do Caminho de Ferro de Luanda, ligaria o país à fronteira com a República Democrática do Congo, numa primeira fase através de uma linha férrea eléctrica, avançou o responsável, citado pela Angop.
O objectivo passa por estender a ligação pelo corredor norte, de forma a servir a região de Katanga e a tirar proveito dos seus recursos minerais. De Malanje à RDCongo distam aproximadamente 1000 quilómetros. Recorde-se que este é um país "isolado" por via marítima, sendo apenas servido por terra.
Outro projecto que poderá ser incluído nas Parcerias Público Privadas é a ligação entre o Caminho de Ferro de Moçamedes, Namíbia e Victoria Falls. Desta forma, o corredor sul estender-se-ia até à Zâmbia, outro país sem acesso ao mar. Aqui, o principal objectivo passar por cobrir o chamado 'cinturão de cobre' (copperbelt) da Zâmbia, também rica em recursos minerais.
Já o corredor centro, do Caminho de Ferro de Benguela, estender-se-ia também até à Zâmbia. O projecto corresponde à construção de ligação ferroviária entre a estação de Luacano e a fronteira da Zâmbia, nas imediações do posto fronteiriço de Jimbe.
Em cima da mesa encontra-se também a possibilidade da construção e exploração do metro de Superfície de Luanda, com uma rede ferroviária ligeira, cujo traçado começa no Porto e termina no Zamba II, com sete quilómetros e do Zamba II ao Kilamba (30 quilómetros), refere a Angop.
Na segunda fase, o projecto contempla a construção do ramal Zamba II/Benfica (28 quilómetros), enquanto na terceira fase Benfica/Cacuaco (58 quilómetros).