Após o balanço diário da situação epidemiológica no país, Luísa Grilo declarou-se satisfeita com "a responsabilidade" evidenciada pelos professores no reinício das actividades lectivas presenciais em Angola, esta Segunda-feira com as classes de exame (6.ª, 9.ª, 12.ª e 13.ª classes), sendo a retoma gradual.
"Em todo o país, o movimento das batas brancas regressou às ruas", congratulou-se Luísa Grilo, acrescentando que o ministério da Educação acompanhou o reinício das aulas em 65 escolas de Luanda.
A ministra elogiou também encarregados de educação e alunos: "Tudo correu bem". No entanto, destacou "um caso desagradável".
"Um grupo de jovens entendeu fazer uma 'selfie', tirando as mascaras e abraçando-se para postar nas redes sociais, uma atitude errada", lamentou Luísa Grilo, afirmando que os estudantes, que terão idades entre 17 e 19 anos, já foram identificados.
"Não são crianças, são jovens já finalistas e vão ser responsabilizados por essa atitude negativa, sabem que não podem fazer isso", disse a governante, realçando que alunos que "estão a um passo da universidade não podem ter um comportamento infantil".
No reinicio das aulas, professores, pessoal administrativo e alunos apontaram pontos negativos como a falta de água e insuficiência de equipamento de biossegurança.
Segundo o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, serão implementadas brigadas de vigilância escolar que integram professores que "vão ajudar a interagir com as equipas de resposta rápida no que toca a detecção de qualquer sintoma de covid-19".
As autoridades de saúde pretendem também eleger um hospital de nível municipal que terá como incumbência fazer o rastreio dos casos.
Angola totaliza 5530 casos de infecção, dos quais 2591 recuperados, 2740 activos, entre os quais 16 cítricos e 14 graves e 199 óbitos.