Apesar de ainda estar a ser ajustado, Pedro Dozi, coordenador do PDAC, admitiu que este projecto vai resultar num aumento da produção do sector agrícola e ainda ajudar pequenas e médias empresas do sector a aumentarem as suas vendas.
Citado pela Angop, o responsável revelou que na próxima Terça-feira, dia 3 de Novembro vai arrancar a primeira experiência do PDAC: vão ser criadas condições para estabelecer alianças produtivas com cerca de 400 produtores identificados das províncias de Malanje, Cuanza Norte e Cuanza Sul.
Depois desta primeira fase, o objectivo é expandir o projecto até às províncias do Uíge, Benguela, Huambo, Bié, Huíla, Bengo e Luanda.
"Estamos a envidar esforços e a criar condições para que o número de beneficiários aumente e possamos alcançar os objectivos de desenvolvimento do projecto", afirmou.
Até ao momento, o PDAC já recebeu mais de 300 pedidos para financiamento. Desses 300 que se encontram em apreciação, 46 têm planos de negócios que estão a ser analisados e melhorados para que os agricultores possam beneficiar do apoio.
"Neste momento, em termos de co-financiamento, existem quatro projectos concluídos e submetidos aos bancos comerciais, para análise de viabilidade de acesso ao crédito", disse, adiantando que estão a ser preparados planos de negócios para outros 13 projectos.
O projecto é composto por quatro componentes de execução: 80 milhões de dólares servirão para promover a apoiar o desenvolvimento do agro-negócio, 95 milhões serão para infra-estruturas de produção e comercialização, 40 milhões de dólares servirão para reforçar o ambiente de negócios e 15 milhões serão aplicados na gestão, monitorização e avaliação de projectos.
O responsável fez ainda saber que está a ser feito um levantamento das necessidades de reabilitação do perímetro irrigado do Bom Jesus, em Luanda. Um local, que segundo Pedro Dozi é capaz de ajudar cerca de 250 agricultores e que implicaria um investimento na ordem dos 580 mil dólares para ser reabilitado.
Além disso, o PDAC também já financiou a primeira fase da implementação da Janela Única do Comércio Externo. Aqui será utilizado o sistema ASYCUDA, que permitirá o desalfandegamento prévio de mercadorias, e assim ajudará a reduzir a tramitação das exportações, estando orçamentado em 494 mil dólares.
O projecto também dispõe de uma linha de financiamento que prevê a redução das interrupções nas cadeias de abastecimento. Estima-se que até ao final deste ano essas linhas aumentem.