“Seria uma pena deitar a perder o investimento que já se fez inicialmente, daí termos feito o esforço para a sua mais rápida conclusão”, disse João Lourenço, sem avançar os motivos do atraso na conclusão da obra.
Em breves palavras dirigidas à população concentrada para o receber, o chefe de Estado afirmou que, além da construção do hospital e do seu apetrechamento, “com máquinas e aparelhos modernos”, houve também a preocupação em colocar naquela unidade médicos e enfermeiros, para o seu bom funcionamento.
“Fomos buscá-los aí onde eles estavam e trouxemo-los aqui para vos assistir. Trouxemos nacionais, mas também trouxemos estrangeiros. Temos aqui especialistas cubanos, que estão a cobrir a lacuna deixada pelos nacionais, uma vez que o nosso país ainda tem carência de técnicos em certas especialidades”, declarou.
Segundo João Lourenço, este novo hospital vai beneficiar não só a população local, mas também a de outras regiões do país, que, usando estradas ou caminho-de-ferro, poderão deslocar-se para ali obter assistência médica.
“O que nós gostaríamos de pedir às populações é que tratem bem o hospital, não o danifiquem, mas que tratem bem também o pessoal médico e os enfermeiros que vos assistem. Quem tiver uma galinha a mais ofereça ao médico”, referiu, apelando para que tratem “bem esse pessoal, porque sem eles os vossos problemas de saúde não ficam resolvidos”.
O Presidente realçou que a inauguração do hospital não é nenhum favor feito pelo Estado: “É nossa obrigação trazer para junto das populações as melhores condições” para que sejam assistidas “do ponto de vista médico".
Segundo a Angop, a unidade hospitalar ficou orçada em nove milhões de dólares e vai atender pacientes das províncias do Bié, Moxico, Cuando Cubango, Lundas Norte e Sul.
O hospital terá serviços de hemodiálise, cirurgia, pediatria, maternidade, raio-x, oftalmologia, testes de VIH/SIDA e aconselhamento, bem como uma morgue e área para tratamento de doenças infecciosas, contando com 23 enfermeiros e 10 médicos.
O município do Cuemba, a cerca de 170 quilómetros da cidade do Cuito (Bié), tem uma população estimada de cerca de 62 mil habitantes, distribuídos por três comunas, Sachinemuna, Munhango e Luando.