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JLO acusa supostos militantes do MPLA de promoverem campanha contra Angola

O líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) acusou supostos militantes do partido de estarem por detrás de uma campanha que visa a intoxicação e destabilização do país.

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"São esses mesmos que estavam embrulhados na corrupção, os mesmos que desviaram os recursos do país para fora do país, apenas para eles, são os que estão a utilizar esses mesmos recursos que são de Angola para financiarem a campanha de desestabilização, de intoxicação, que estão a fazer contra Angola", afirmou João Lourenço.

O também chefe de Estado discursou na abertura do congresso da JMPLA, órgão juvenil do partido, tendo depois solicitado permissão aos delegados para fazer um segundo discurso, pequeno, sem ler, para dizer o que lhe ia "na alma".

A segunda intervenção de João Lourenço tem a ver com uma forte campanha que se verifica nos últimos dias nas redes sociais, com determinadas figuras da sociedade civil angolana, num apelo para na Sexta-feira as pessoas não irem trabalhar em protesto com a situação social e económica do país.

Para João Lourenço, esta campanha não é contra si, mas contra o país, considerando "o mais triste" que ela "não vem sendo movida, nem por forças estrangeiras, nem por forças da oposição". "Ela vem sendo movida por nacionais, aparentemente do MPLA, e digo aparentemente porque não se portam como tal, e que ainda têm o descaramento de falar em nome do povo", frisou. O líder do partido no poder em Angola questionou ainda se "os mesmos que estavam embrulhados na corrupção", quando "desviaram os recursos do país” repartiram com o povo ou com os jovens.

"E então, como é que agora vêm falar em defesa do povo, dos jovens. Coitado do povo que está a passar mal, coitada da juventude que não tem emprego, e eu levanto esta questão aqui, porque os cabos que estão a ser pagos para levar a cabo esta campanha lamentavelmente são jovens, portanto, nada melhor do que levantar esta questão no seio dos jovens", disse.

João Lourenço questionou ainda o caráter destes jovens "que alinharam na campanha". "São bons jovens? São exemplares? Pensamos que não. Estão a fazer por quaisquer 100 kwanzas, se calhar nem isso, porque aqueles avarentos também não lhes vão pagar muito mais", apontou.

O líder do partido no poder em Angola reiterou o combate à corrupção, um tema que foi colocado com grande ênfase pela direção do partido entre 2016 e 2017, no período de preparação do congresso e das eleições, e que diz-se determinado a cumprir. "Houve a promessa em oportunidades distintas de se iniciar com essa cruzada, falou-se com relação à corrupção, tolerância zero, mas o que verificamos é que esta tolerância zero não surgiu", lembrou.

Para João Lourenço, o caminho continua por percorrer: "Deram-nos essa incumbência e nós como não gostamos de fingir que fazemos as coisas, não gostamos de enganar o eleitorado, não gostamos, porque consideramos errado, consideramos injusto utilizar os eleitores só para votarem em nós, prometendo coisas para fazer de conta, nós estamos a procurar cumprir com essa incumbência que o partido nos deu mesmo antes de sermos chefes de Estado".

O também Presidente de Angola admitiu que já esperavam essa reação, referindo-se ao que se vem assistindo nos últimos dias. De acordo com o chefe de Estado o combate à corrupção é importante para garantir investimentos privado nacional e estrangeiro no país, com vista à criação de emprego para o povo angolano e, em particular, da juventude.

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