Segundo o bastonário da OEA, Augusto Paulino Neto, os engenheiros angolanos têm pela frente igualmente o desafio da dramática expansão do conhecimento, os novos paradigmas de personalização, a crescente internacionalização de talentos e a convergência entre engenharia e políticas públicas.
O responsável falava na abertura do terceiro Congresso Internacional da Ordem dos Engenheiros angolanos, que assinala os seus 30 anos, e decorre sob o lema "Engenharia, Diversificação da Economia e a 4.ª Revolução Industrial".
Para Augusto Paulino Neto, os especialistas do sector têm o compromisso de "reforçar o papel da engenharia e dos engenheiros" como "verdadeiros actores" na busca e apresentação de soluções para os problemas da nossa sociedade, admitindo ser uma "tarefa difícil, mas não impossível".
Para o bastonário, à "urgência da diversificação da economia angolana juntam-se hoje outras urgências", nomeadamente a da quarta revolução industrial, cenários que no seu entender não podem ser colocados à parte no domínio das engenharias.
"Temos hoje o desafio de dar um salto para o que nos parece ser o futuro, mas que já é presente, em boa parte das nações", afirmou Augusto Paulino Neto, considerando não se tratarem apenas de ameaças de empregos, mas igualmente "oportunidades para os mais qualificados e actualizados".
No domínio da formação das engenharias, o bastonário da OEA defendeu estudos superiores qualificados "capazes de produzir pessoas que sejam habilitadas para resolver problemas ainda não resolvidos e gerar inovações".
De acordo com Augusto Paulino Neto, o desafio para o ensino das engenharias é apenas um "deixar de preparar engenheiros para um mundo que já não existe e ajudar os mesmos a desenvolveram as suas competências para o futuro".
Estratégia para a diversificação da economia, directrizes e incentivos, modelos de financiamento para a regeneração e reabilitação urbana e a quarta revolução industrial e a nova economia são alguns dos temas de abordagem neste congresso.
O encontro, que decorre até Quinta-feira, junta em Luanda especialistas de Angola, Portugal, Brasil, Cabo Verde e Moçambique.