De acordo com uma recente autorização governamental a que a Lusa teve acesso, foi aprovado por despacho o projecto investimento mineiro Chipindo, de exploração de ouro numa área de 664 quilómetros quadrados do município com o mesmo nome, na província da Huíla.
Representa um investimento superior a 7,5 milhões de dólares a realizar pela Lafech Mining Resources, em conjunto com a empresa concessionária estatal Ferrangol.
Trata-se do terceiro contrato do género autorizado em Setembro, pelo Ministério da Geologia e Minas, antes da posse do novo Presidente da República, João Lourenço, e do Governo.
Antes desta concessão foram atribuídas outras duas, para a província de Cabinda, e ambas igualmente para prospecção de ouro.
A primeira envolvendo a sociedade Mongo Mongo Mineração Limitada, participada pela estatal Ferroangol (20 por cento), Grupo Southwind Limitada (65 por cento) e Sofispa (20 por cento), atribuindo os direitos mineiros para a prospecção de ouro na área a concessionar, superior a 195 quilómetros quadrados, e num investimento superior a 4,2 milhões de dólares.
Duas das empresas envolvidas nesta sociedade - a estatal Ferroangol e os privados da Sofispa - estão envolvidos numa segunda, a Lombe Mining Limitada, que neste caso vai procurar ouro mais de 381 quilómetros quadrados também do enclave de Cabinda, prevendo um investimento superior a 5,6 milhões de dólares.
A extracção de ouro já acontece em Cabinda, mas de forma artesanal e por vezes ilegal, o que levou à abertura, por parte do ministério da Geologia e Minas, de algumas lojas para a "captação" desse ouro.
A aposta neste subsector mineiro motivou a criação, em Maio de 2014, da Agência Reguladora do Mercado do Ouro.
