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População empregada cresceu 6,1 por cento mas apenas 2,3 milhões de angolanos têm emprego formal

O número de pessoas empregadas registou um crescimento na ordem dos 6,1 por cento, contudo, no fim do mês de Junho, só cerca de 2,3 milhões de pessoas possuíam um emprego formal.

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Contas feitas pelo Expansão, baseando-se em dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) que constam no inquérito relativo ao segundo trimestre de 2022, indicam que a informalidade domina entre a população activa economicamente: em finais de Junho mais de nove milhões de pessoas operavam no mercado informal e quase cinco milhões (4,9 milhões) estavam desempregados.

Assim, os mais de dois milhões de pessoas (2.358.728) a operar no mercado formal representam somente 14 por cento do número total de pessoas activas (16.284.279).

Dados do INE, citados pelo Expansão, indicam que o número de pessoas empregadas aumentou cerca de seis por cento.

No segundo trimestre deste ano, 11.370.798 angolanos (mais 655.565) disseram terem trabalhado por conta própria, de outrem ou em actividades familiares durante pelo menos uma hora, no entanto, a maior parte dessas pessoas (468.450) acabaram por ter de enveredar no mercado informal, escreve o Expansão.

A informalidade domina entre as pessoas empregadas. De acordo com o instituto, os números do mercado informal estão perto dos 80 por cento.

Segundo os dados, citado pelo Expansão, quase metade dos empregos informais correspondem a trabalhadores por conta própria (49,5 por cento), seguindo-se os trabalhadores familiares com 29,8 por cento e trabalhadores para o consumo próprio com 12,2 por cento. Concluiu-se assim que existem cada vez mais pessoas a criarem uma ocupação para se sustentar uma vez que o mercado de trabalho não oferece repostas para abranger todas as pessoas activas.

Os números apontam ainda que as zonas rurais são as que apresentam os maiores níveis de trabalhos informais, com 95 por cento. Enquanto nas cidades, a taxa de emprego informal é de cerca de 65 por cento, escreve o Expansão.

Já o mercado formal registou um ligeiro crescimento: no horizonte temporal de um ano existem mais 187.113 trabalhos formais, fruto da melhoria económica em curso desde o ano passado, altura em que se saiu da recessão. Contudo, a economia ainda se encontra incapacitada para criar os postos de trabalho formais necessários no país.

Relativamente ao desemprego, adianta o Expansão, registou-se uma diminuição. Em termos homólogos, o número de pessoas desempregadas desceu de 4.960.162 no segundo trimestre do ano passado para 4.913.481 desempregados no segundo trimestre deste ano.

Nas zonas urbanas, o desemprego tem uma percentagem maior: no segundo trimestre de 2021 encontrava-se nos 42,6 por cento, tendo baixado para 40 por cento no segundo trimestre deste ano. Já nas zonas rurais, os números passaram de 16,2 por cento no segundo trimestre de 2021 para 14,3 por cento no segundo trimestre de 2022, escreve o Expansão.

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