Estatísticas da Administração Geral Tributária (AGT) relativas ao comércio exterior, cujo petróleo fica de fora dos cálculos, citadas pelo Expansão, apontam que o número de produtos importados, ao abrigo do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi), subiram a pique nos primeiros sete meses do ano: aumentaram para 1,2 mil milhões de dólares (46 por cento) comparativamente a 2021, em que as importações entre Janeiro e Julho do ano passado situaram-se no montante de 819,7 milhões de dólares.
Os dados revelam igualmente que as exportações também cresceram este ano, embora de forma ligeira. Segundo o Expansão, entre Janeiro e Julho de 2022, o número de produtos exportados rendeu ao país 36,7 milhões de dólares (três por cento) face ao igual período do ano passado em que o montante foi de 35,7 milhões de dólares.
Assim, se se somarem os números das importações e exportações, verifica-se que, desde o início do ano até Julho, as trocas comerciais ao abrigo do Prodesi cresceram para 1.233,1 milhões de dólares (44 por cento), sendo que o saldo comercial se assume negativo nos 1.159,7 milhões de dólares, escreve o Expansão.
Refira-se que as estatísticas da AGT deixam de fora o petróleo, que represente quase o total (90 por cento) das exportações angolanas.
De acordo com o Expansão, a AGT não faz referência aos destinos ou origens das trocas comerciais do país. Mas conforme dados da Agência Reguladora de Certificação de Carga e Logística de Angola (Arccla), relativos aos primeiros três meses deste ano, a lista de destinos das exportações de Angola foi liderada pela Ásia.