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Accionistas reforçam posição no Caixa Angola e aplaudem entrada em bolsa

Os accionistas angolanos do banco Caixa Angola vão reforçar a posição, ficando cada um com 19,5 por cento do capital, e acreditam que a entrada em bolsa vai ser um sucesso.

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O Caixa Angola iniciou esta semana uma Oferta Pública Inicial de venda de 5.000.000 de acções do banco, representativas de 25 por cento do total, com vista à privatização do capital que estava nas mãos do Estado, através da petrolífera estatal Sonangol.

Desta percentagem, 15 por cento destina-se aos accionistas António Mosquito e Jaime de Freitas, dois empresários angolanos que já detinham 12 por cento cada um e que, conforme explicou um administrador do Caixa Angola, no lançamento da operação abdicaram de exercer o seu direito de preferência.

Os accionistas angolanos tinham direitos de preferência estabelecidos entre acordos de acionistas e facilitaram a operação, abdicando deste direito face à totalidade em venda, tendo agora "a possibilidade de reforçar um pouco o capital no banco por esta via", adiantou Francisco Rosado dos Santos, na Segunda-feira.

Questionado pela Lusa sobre se iria adquirir os 7,5 por cento que lhes estão destinados, Jaime de Freitas respondeu afirmativamente, admitindo que poderia até aumentar, caso o outro sócio abdicasse deste direito.

“Penso que a operação vai ser um sucesso e a grande maioria das ações serão vendidas ao valor máximo”, disse à Lusa o empresário angolano com interesses nos setores automóvel, financeiro e turístico.

Jaime de Freitas perspectiva ainda uma valorização das acções no curto prazo já que se espera uma melhoria dos resultados do banco para este ano.

Também António Mosquito disse à Lusa que vai reforçar a sua posição até ao limite de 7,5 por cento, o que considera uma evolução positiva para o banco.

“A privatização dá a possibilidade de os acionistas poderem trabalhar com o banco. É bom para o banco, para Angola e para todos os parceiros, na minha perspectiva”, disse o empresário e dono do grupo GAM, ligado à banca, agricultura, construção, petróleo, hotelaria e imobiliário.

As acções têm um intervalo de preços entre 4250 e 5000 kwanzas o que permitirá ao Estado angolano, através da Sonangol, um encaixe financeiro máximo de 25 mil milhões de kwanzas.

Além da quota reservada para os accionistas angolanos, outros 2 por cento destinam-se a colaboradores e membros dos órgãos sociais e 8 por cento ao público em geral.

O BCGA vai ser a segunda empresa e o segundo banco cotado em Angola, depois do Banco Angolano de Investimentos (BAI) ter feito a sua estreia na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) em Junho.

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