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Benguela: produção agrícola supera expectativas e ultrapassa as 400 mil toneladas

A produção agrícola em Benguela, nos últimos onze meses, ultrapassou as 400 mil toneladas, superando assim as expectativas que calculavam uma produção na ordem das 375 mil toneladas entre Setembro do ano passado e Julho deste ano.

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No período em referência, Benguela produziu um total de 442.420 toneladas de vários produtos, no âmbito da época agrícola 2021/2022. Assim, comparativamente à última colheita, este número representa um incremento na ordem das 67.420 toneladas.

A informação foi avançada por Gabriel Martinho, chefe de Departamento Provincial da Agricultura, Pecuária e Florestas.

Em declarações à Angop, Gabriel Martinho referiu que as previsões indicavam, para entre Setembro de 2021 e Julho deste ano, uma produção de 375 mil toneladas, acabando por serem superadas.

Relativamente à produção durante o ano agrícola 2021/2022, o responsável realçou o cultivo de 184.406 toneladas de hortícolas, assim como o milho com 134.500 toneladas, o ananás com 37.700 toneladas e a batata doce com 26.912 toneladas.

Foram também produzidos o feijão, banana e massambala com 17 mil toneladas, 10.690 toneladas e 8316 toneladas, respectivamente.

Realce ainda para a produção de 3341 toneladas de amendoim, 10 mil toneladas de mandioca, 7282 toneladas de batata rena, 360 toneladas de manga, 36 toneladas de maracujá e 120 toneladas de mamão, escreve a Angop.

Entre os motivos que justificam este incremento consta a ocorrência de chuva frequente na zona. Citado pela Angop, o responsável explicou que a agricultura na província está sujeita, em certa parte, à chuva, por se tratar de um local seco, sublinhando que neste requisito a época agrícola 2021/2022 saiu beneficiada.

Indicou ainda como justificações dos bons resultados a ajuda prestada pelo Ministério da Agricultura e Florestas e pelo Governo Provincial de Benguela com a distribuição de 1520 toneladas de fertilizantes a cerca de 219 mil camponeses.

Citado pela Angop, considerou que as 1520 toneladas de fertilizantes – das quais 900 foram adubo composto NPK 12-24-12, 500 de sulfato de amónio e 120 de ureia – ainda são escassas pois, para si, em cada época agrícola a província necessitaria de cerca de 100 mil toneladas só do adubo composto NPK 12-24-12.

Reconheceu assim que estão distantes dos parâmetros de uma agricultura moderna que, exemplificou, utiliza 400 quilos de fertilizantes por hectare. "O sector familiar nem metade desta quantidade usa por hectare", acrescentou, citado pela Angop.

Foram cultivados 256.385 hectares, informou o responsável. Acrescentou ainda que se registaram bons resultados relativamente ao ano de 2020/2021, que classificou como "um descalabro" para os agricultores da província.

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