De acordo com o Expansão, apenas quatro em cada 10 angolanos fazem turismo no país. Os promotores deste projecto visam assim contrariar os números e ajudar os cidadãos que querem tirar o dia para serem turistas, mas que têm poucos recursos financeiros.
De acordo com Allicia dos Santos, mentora da iniciativa, em declarações ao Expansão, a criação do roteiro com preços acessíveis pretende estabelecer que "turismo por ser feito com pouco dinheiro no bolso".
Os participantes no roteiro terão a oportunidade de visitar alguns locais históricos da capital. Na lista constam a rua dos Mercadores, Major Kayangulo, Missão, Sai de Mingas, e os museus da História Natural, Antropologia e das Forças Armadas.
A iniciativa arrancou este mês, sendo que os bilhetes custam 9500 kwanzas, e de acordo com a mentora da iniciativa, "durante a visita, os turistas têm o direito ao consumo de água, banana assada com jinguba e a fazer fotos durante o percurso".
Recentemente, a responsável afirmou que o país tem "potencial turístico, mas não é ainda um destino turístico, pelo facto de ainda ter défice de infra-estruturas de apoio ao sector turístico, registar falta de equipamentos auxiliares para hotelaria" e de apresentar "deficiência em segurança e saúde pública", tornando-se pouco atractivo para os estrangeiros.
De acordo com o Expansão, a responsável falava durante uma formação destinada a jovens sobre o turismo cultural no país, tendo aproveitado para solicitar às autoridades para que se envolvam na criação de infra-estruturas de apoio ao sector e no desenvolvimento de actividades que estimulem os angolanos a explorarem as potencialidades turísticas do país.