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Governador do Cuando Cubango critica “máfia instalada” que explora madeira angolana

O governador da província do Cuando Cubango admitiu a existência de uma máfia na exploração da madeira, que envolve cidadãos nacionais e de origem asiática.

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"De facto está instalada uma máfia na madeira, que está muito ramificada e que passa por nós angolanos e vai terminar em pessoas oriundas da Ásia e não se sente aqui uma vontade de organização", disse Júlio Bessa, em declarações à rádio.

Segundo o governador do Cuando Cubango, sempre que as autoridades tomam uma medida "algumas vozes vão se levantando, no sentido de contrariar".

"Mas o que nós temos dito é que não nos assusta, não estou com receio dessas pessoas, eu tenho sido uma pessoa muito aberta, tenho reunido frequentemente com os parceiros, com a associação dos madeireiros e temos tipo uma abertura total neste sentido", sublinhou.

Júlio Bessa realçou que "as ideias são claras" e tem defendido que à semelhança do sector petrolífero é preciso dar-se concessões.

"Este é o ponto de vista do governo do Cuando Cubango. As empresas petrolíferas concorrem para um bloco, se ganharem estão no bloco 2, 32 ou 34, aqui também tem que ser assim", salientou.

A exploração desmedida da madeira em várias províncias, especialmente no leste do país, tem sido denunciada há vários anos, tendo em 2018, o Governo atribuído a cidadãos angolanos a culpa pela exploração da madeira por estrangeiros.

Em 2018, o Secretário de Estado para os Recursos Florestais, André Moda, disse que a presença de cidadãos estrangeiros na exploração desse recurso natural, "é devido ao comportamento do próprio cidadão nacional", pela prática do trespasse da licença de exploração.

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