De acordo com o responsável, esta percentagem corresponde a cerca de 14,12 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) não petrolífero, tendo um peso de 17 por cento do activo da banca comercial.
José de Lima Massano abordou o assunto esta Terça-feira, em Luanda, durante a abertura da primeira edição do workshop "As empresas e o mercado de valores mobiliários", que decorrerá até à próxima Quinta-feira. O responsável máximo do banco central adiantou que a concessão de crédito tem vindo a ser retomada de forma gradual.
No que diz respeito a títulos e valores mobiliários, adiantou que estes constituem um peso de 33,63 por cento, sendo a rubrica de maior expressão no activo da banca, mas representada exclusivamente por emissões do Tesouro Nacional.
Desta forma, adiantou ser essencial a necessidade de serem potenciadas outras fontes de financiamento para o sector privado: "O alargamento das fontes de financiamento, a diversificação do risco e a redução dos custos de intermediação, potenciados pelo financiamento directo, são factores de competitividade que contribuem para o crescimento económico", referiu o governador, citado pela Angop.
Massano referiu ainda que o mercado de valores imobiliários só será capaz de responder às necessidades de financiamento das empresas, se os investidores puderem dispor de um mercado secundário líquido, transparente e eficiente.
"Com o enquadramento regulamentar, de supervisão e fiscalização, bem como de infraestruturas físicas e tecnológicas para a negociação e liquidação das transacções, torna-se agora necessário atrair empresas emissoras de valores mobiliários para capitalizar o mercado e os investidores", acrescentou.
O governador disse ainda esperar que o processo de privatizações em curso encaminhe para a bolsa de valores algumas empresas, sendo que estas poderão atrair investidores nacionais e estrangeiros.