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Economia

Fitch mantém rating de Angola em CCC

A agência de notação financeira Fitch Ratings decidiu esta Quinta-feira manter o rating de Angola em CCC, antevendo um crescimento económico de 0,1 por cento este ano, que vai acelerar até 2,9 por cento em 2023.

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"O 'rating' de Angola reflecte o risco para o Governo relativo à sustentabilidade da dívida a médio prazo e à incerteza sobre as fontes de financiamento externo disponíveis em 2022 e 2023, já depois de o programa do Fundo Monetário Internacional terminar e o serviço da dívida externa aumentar significativamente em 2023", lê-se na nota divulgada esta Quinta-feira.

Na explicação da manutenção da opinião sobre a qualidade do crédito soberano de Angola, os analistas escrevem, ainda assim, que "a recente recuperação no preço global do petróleo vai sustentar uma melhoria na posição orçamental, o que, juntamente com as perspectivas de um aumento no crescimento do PIB e uma depreciação menor da taxa de câmbio, vai contribuir "para colocar a dívida pública numa trajectória descendente".

A dívida pública face ao PIB já chegou ao máximo previsto, atingindo um rácio de 124 por cento no final de 2020, devendo descer para menos de 100 por cento no final deste ano, "parcialmente devido ao aumento do denominador, motivado pela subida dos preços do petróleo, mas ainda assim bem acima da média de 68 por cento dos países classificados no nível B", diz a Fitch Ratings.

O Governo conseguiu fazer um "esforço significativo de consolidação orçamental nos últimos anos num contexto de redução da produção e dos preços petrolíferos", acrescentam, salientando que apesar do ajustamento, a economia continua "altamente dependente da receita petrolífera, cujos preços vão reverter os ganhos de 2021, e num contexto de manutenção da produção" de petróleo.

A Fitch Ratings prevê que a produção de petróleo, essencial para relançar a economia, caia para 1,18 milhões de barris diários este ano, face aos 1,27 do ano passado, mantendo negativo o crescimento do PIB não petrolífero.

"Prevemos que a produção suba para 1,2 milhões de barris por dia em 2022, mantendo-se nesse nível em 2023, mas isto depende do início da nova produção; se isto não acontecer a produção pode cair 10 a 15 por cento ao ano", alertam.

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