Recorde-se que o empresário angolano, antigo presidente do Conselho de Administração da seguradora AAA, foi constituído arguido há cerca de duas semanas, estando a ser investigado pelos crimes de peculato, branqueamento de capitais e tráfico de influências.
Em declarações à RNA, o porta-voz da PGR afirmou que “com uma decisão judicial dos tribunais angolanos, as autoridades suíças entregarão os 900 milhões de dólares a Angola”. De acordo com Álvaro João, existem forte indícios de que o dinheiro resulta de vantagens obtidas através dos crimes a que o empresário está indicado, praticados em Angola.
Adiantou ainda que a Directora Nacional dos Serviços de Recuperação de Activos já esteve na Suíça “antes mesmo de o caso ter sido divulgado pela imprensa”, existindo no momento cooperação judiciária internacional entre as congéneres.
As investigações prosseguem, sendo que o porta-voz da PGR prevê o arrolamento de mais cidadãos no processo, prováveis arguidos.
Carlos de São Vicente começou a ser ouvido na passada Terça-feira - um interrogatório considerado conclusivo pelo porta-voz - devendo ainda voltar a responder às perguntas da justiça.
Após as autoridades suíças terem congelado 900 milhões de dólares das contas do empresário, no final de Agosto, a PGR angolana ordenou a apreensão de vários edifícios e hotéis do grupo AAA. Foram ainda apreendidas 49 por cento das participações sociais da AAA Activos no Standard Bank Angola.