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Ensino superior privado diz ter condições para regresso seguro às aulas

A Associação das Instituições do Ensino Superior Privadas de Angola (AIESPA) anunciou esta Quarta-feira que estão criadas condições de biossegurança, “readaptadas às novas recomendações” devido à covid-19, para o reinício das aulas, agendado para 5 de Outubro.

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"As condições já estavam criadas desde Julho passado e agora estamos apenas readaptando-as em função das recomendações. O Ministério (do Ensino Superior) visitou algumas instituições nossas e foram confirmadas as condições para o reinício das aulas", afirmou à Lusa o porta-voz da AIPESPA, Laurindo Viage.

As aulas no subsistema de ensino universitário em Angola, suspensas desde Março passado por conta da pandemia, vão ser retomadas a 5 de Outubro, no quadro das medidas graduais de desconfinamento, e estendem-se até Julho de 2021.

Segundo Laurindo Viage, as instituições privadas de ensino superior vão readaptar-se às novas recomendações com "medidas simples para pessoas adultas", como o uso obrigatório de máscaras, a lavagem regular das mãos, o distanciamento físico e a abertura das janelas durante as aulas.

"Essas mínimas medidas estão criadas já algum tempo", assegurou o responsável, afirmando que neste retorno às aulas será introduzido o ensino semi-presencial. "Para isso também temos que adaptar a nossa organização e, sobretudo, as metodologias pedagógicas para responder a estes desafios", notou.

O reinício do ano académico no ensino superior em Angola foi avaliado, na Segunda-feira, numa reunião extraordinária do Conselho Nacional do Ensino Superior presidida pela ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação angolana, Maria do Rosário Sambo.

Além da aprovação do novo calendário lectivo, que se prolonga até Julho de 2021, do encontro saiu também a recomendação de um retorno progressivo dos alunos, docentes e funcionários administrativos às instituições, segundo Laurindo Viage.

"Começaríamos com alunos dos últimos anos e, desse modo, também os professores e mais a frente outros alunos. Também os professores e funcionários irão regressar de forma progressiva", disse.

Por dificuldades financeiras, agravadas pela covid-19 que forçou a suspensão de aulas em Março passado, as instituições suspenderam contratos laborais de cerca de 14 mil funcionários, docentes e não docentes. Uma delas despediu 45 por cento do seu pessoal.

O também secretário-geral da Universidade Católica de Angola disse também que a AIESPA aguarda pela resposta das autoridades sobre o decreto conjunto que previa, para este ano académico, o aumento de 13 por cento das propinas correspondente à inflação.

"Também aguardamos que este assunto seja resolvido e segundo a ministra dependerá do Ministério das Finanças", frisou.

Os custos das instituições privadas do ensino superior resultantes das medidas de biossegurança foram também abordados no encontro com a AIESPA que defendeu apoios do Estado para suportar "essa despesa não prevista".

Visando o recomeço das aulas, Laurindo Viage fez saber igualmente que as instituições farão a reconfirmação dos alunos já matriculados, "sem qualquer custo", para melhor serem equacionadas as medidas de biossegurança.

"Porque para tomarmos as medidas de biossegurança necessitamos de saber qual o número de alunos que vamos poder contar", concluiu.
Angola conta com cerca de 50 instituições privadas do ensino superior que absorvem 72 por cento do subsector do ensino superior no país.

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