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Defesa

Empresário Carlos de São Vicente fica em prisão preventiva

O empresário Carlos de São Vicente ficou esta Terça-feira em prisão preventiva, por suspeita de crimes de peculato e branqueamento de capitais entre outros, disse à agência Lusa fonte da Procuradoria-Geral da República (PGR).

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Carlos São Vicente que foi ouvido esta Terça-feira, pela segunda vez, durante cerca de sete horas na Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP), órgão afecto à PGR, foi conduzido para a cadeia de Viana, em Luanda.

Em causa está uma investigação que envolve uma conta bancária de Carlos São Vicente congelada na Suíça, por suspeitas de lavagem de dinheiro com cerca de 900 milhões de dólares, o equivalente a 752 milhões de euros, segundo divulgou um blogue suíço que acompanha questões judiciais naquele país.

Em declarações à Lusa, o porta-voz dos Serviços Penitenciários confirmou a entrada de Carlos de São Vicente no estabelecimento prisional de Viana, onde cumprirá inicialmente um período de quarentena devido à covid-19, seguindo posteriormente para as celas de acomodação.

Segundo Menezes Cassoma, está criado um espaço para o cumprimento da quarentena, com separação feita de acordo com as datas de entrada.

As autoridades judiciais ordenaram já a apreensão de vários edifícios do grupo AAA, pertencente ao empresário Carlos São Vicente, que está a ser investigado na Suíça por peculato e branqueamento de capitais.

O Serviço Nacional de Recuperação de Activos da PGR emitiu um comunicado a anunciar a apreensão dos edifícios AAA, dos hotéis IU e IKA, localizados em todo o território nacional e o edifício IRCA, na Rua Amílcar Cabral, em Luanda.

A PGR justificou a apreensão com indícios da prática de crimes de peculato, participação económica em negócio, tráfico de influência e branqueamento de capitais, crimes pelos quais foi constituído arguido há cerca de duas semanas.

Depois dos edifícios, o Serviço Nacional de Recuperação de Activos da PGR anunciou a apreensão da participação social minoritária de 49 por cento da AAA Activos no Standard Bank Angola, onde o empresário é administrador não-executivo, tendo o mesmo solicitado suspensão das funções enquanto durar o processo.

Na Sexta-feira, fonte da PGR confirmou à Lusa que foi solicitado o congelamento de contas e apreensão de bens de Irene Neto, filha do primeiro presidente angolano, Agostinho Neto, tendo sido enviadas cartas rogatórias a Portugal e Luxemburgo pedindo a colaboração das autoridades judiciais nestas investigações.

O AAA, liderado por Carlos São Vicente, é um dos maiores grupos empresariais angolanos, operando na área de seguros e da hotelaria.

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