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Negócio da madeira rendeu 23 milhões de dólares ao país em 2019

O negócio da madeira rendeu 23 milhões de dólares aos cofres do Estado, em 2019. No entanto, apesar do saldo positivo, a empresa pública do sector madeireiro fechou as contas com um resultado líquido negativo.

: Estevão Manuel/Angop
Estevão Manuel/Angop  

Conforme o relatório de gestão e contas da empresa Madang-EP, Empresa Pública Florestal Madeiras de Angola, dos 23 milhões de dólares de lucro, 9,2 milhões dizem respeito a pagamentos efectuados em euros.

O documento também refere que, em 2019, o Governo recebeu mais de 15,175 milhões de kwanzas. Um valor que representa uma variação positiva de negócios de 100 por cento, comparativamente ao ano anterior.

Contudo, apesar dos números positivos, a empresa fechou as contas do ano passado com um resultado líquido negativo de 10,9 milhões de kwanzas. Este prejuízo é justificado com os custos operacionais e financeiros que rondaram os cerca de 36 milhões, refere o Expansão.

No relatório, entregue ao Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), não foi apresentado qualquer parecer do conselho fiscal e de um auditor externo. A Madang-EP justificou a falta dos documentos com o facto de "até ao momento" o conselho fiscal ainda não ter sido "nomeado pelas entidades competentes". Quanto ao auditor, devido "aos insuficientes recursos financeiros da empresa" não há possibilidade de contratar esse tipo de serviços, explicou.

Segundo o mesmo jornal, Angola continua a exportar maioritariamente para o continente asiático (China, Vietname e Índia), continente europeu (França, Itália, Portugal e Alemanha) e para os Emirados Árabes Unidos.

Considerado como o segundo país mais rico em matéria de florestas naturais da África Austral, Angola tem um grande potencial florestal. De acordo com o "Inventário Florestal Nacional 2015" o país é composto por 69,3 milhões de hectares (cerca de 55,65 por cento do território nacional) de floresta, apresentando um volume total de madeira de cerca de 57 milhões de metros cúbicos.

A empresa pública foi criada em 2017 para gerir as participações nas actividades ligadas à exploração de recursos florestais, as plantações florestais públicas e ajudar a restabelecer as plantações florestais.

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