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Telecomunicações

Multitel: aposta em tecnologia de ponta leva qualidade e segurança ao mercado

Inovação é a palavra de ordem para a empresa do sector das telecomunicações que surgiu no mercado há mais de 20 anos. Com ofertas de soluções personalizadas para clientes empresariais, a aposta da Multitel foca-se na segurança e fiabilidade dos seus serviços. Sempre atentos ao mercado e às suas exigências, a empresa investiu em programas inovadores, mesmo durante os períodos de crise, contribuindo para o desenvolvimento do sector no país. António Geirinhas, CEO da empresa, aponta a proximidade com os clientes, o rigor, o dinamismo, a experiência e a fiabilidade como principais valores para a criação de “ligações de confiança”, que já conquistaram o mercado. Para além de uma oferta diferenciadora, o director geral assume ainda que o sucesso se deve à “excelente equipa” que todos os dias se foca nos objectivos da empresa, “com grande empenho, dedicação e compromisso”.

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A Multitel surgiu em 1998, como resposta às exigências do mercado e dos consumidores. Vinte e um anos depois, qual o balanço? Os resultados estão de acordo com as expectativas?

A Multitel nasceu como resposta às necessidades dos clientes empresariais que necessitavam de redes estruturadas e seguras e que ao mesmo tempo fossem fiáveis. Foi sempre com esta exigência do mercado que a Multitel foi crescendo. Para que tal fosse possível, a empresa investiu sempre, com base em inovação tecnológica e procurando em ciclos de quatro anos modernizar as suas infraestruturas, para melhor responder aos seus clientes.

Os resultados foram excelentes, sobretudo no período de 2008 até 2016, anos de grande crescimento da empresa. Com a recente crise económica os resultados ficaram aquém das nossas expectativas, mas continuamos a investir racionalmente na procura das melhores soluções e serviços.

A nível de oferta de produtos e serviços, o que vos destaca da concorrência? Há novidades relativamente aos serviços prestados?

Em Janeiro de 2019 a Multitel obteve por parte do Estado e do INACOM uma Licença Multi-serviços que muito nos valoriza. Esta licença abrange o serviço fixo telefónico, Serviço Móvel Virtual, Transmissão de Dados, Acesso à Internet, Redes Privativas Virtuais (VPN) e Serviço de Satélite.

A grande novidade é que a partir deste ano teremos estes serviços a correr sobre tecnologias de grande capacidade e que são 100 por cento redundantes, a Fibra Óptica e o LTE (Long Term Evolution), solução em rádio que permite um download até 100 Mbps e um upload até 50 Mbps. Podemos assim construir ofertas de serviços sólidas para os nossos clientes permitindo um backup seguro.

O sector das telecomunicações cresceu muito nos últimos 20 anos… De que forma foram acompanhando esse crescimento?

A empresa procurou sempre ter programas de investimento inovadores e capazes de acompanhar a exigência do mercado e as necessidades específicas dos nossos clientes. Também fomos evoluindo de um operador que inicialmente fornecia apenas acessos de telecomunicações, para um operador integrador de serviços com capacidade de fazer consultoria em telecomunicações e apoiar os nossos clientes na gestão de projectos especiais, na busca da inovação tecnológica, da optimização das soluções e da OMG (Operação, Manutenção e Gestão) da rede e equipamentos do cliente.

O vosso público-alvo mantém-se?

Durante estes 21 anos a empresa manteve-se focada no segmento empresarial, especializando-se para as especificações e exigências dos serviços prestados. Nos primeiros 10 anos a empresa esteve mesmo mais vocacionada para os grandes clientes, clientes corporate e empresas públicas. Recentemente e com o crescimento relativo das PME’s, fomos também desenvolvendo serviços para este target.

Que princípios norteiam a gestão da empresa?

A Multitel tem como missão contribuir para o desenvolvimento do sector das telecomunicações em Angola e para o sucesso da actividade de cada um dos seus clientes, garantindo uma oferta de soluções e de serviços de telecomunicações empresariais que seja diferenciadora em termos de qualidade, eficiência e fiabilidade. Para que tal seja possível elegemos como principais valores da empresa, a proximidade com os clientes, o rigor, o dinamismo, a experiência e a fiabilidade.
Todos os dias lutamos e defendemos estes princípios na certeza de criarmos, com todos, ligações de confiança.

Em que províncias se encontra a empresa a operar?

A empresa tem cobertura nacional através dos serviços satélite. Com as tecnologias mais recentes, Fibra Óptica, Wimax e LTE, estamos em Cabinda, Huambo, Benguela, Huíla, Malange, Uíge e Luanda.

Pretendem abrir novas filiais?

A empresa tem desde 2012/13 uma filial em Benguela, que apoia a operação das cidades do sul. De resto e por decisão dos nossos accionistas temos vindo, nas restantes localidades, a privilegiar o desenvolvimento de parcerias com empresas locais no sentido de nos representarem e operarem em nosso nome, tentando assim desenvolver as economias locais. Temos representantes em Cabinda, Malange, Uíge, Huambo e Lubango.

E a nível internacional, a aposta em novos mercados faz parte dos planos para o futuro?

A internacionalização não tem feito parte das orientações estratégicas dos nossos accionistas. Embora já tenhamos sido contactados por entidades externas para esse fim, não avançámos.

Quais as maiores dificuldades que a Multitel tem enfrentado desde a sua criação?

Julgo que as nossas dificuldades são similares às dos restantes operadores de telecomunicações. A dependência das importações de todo o tipo de equipamentos, para infraestruturas e clientes finais, a aquisição de serviços especializados não existentes internamente, conjugadas com o problema duradouro das divisas e da desvalorização cambial acelerada nestes dois últimos anos, danificou o valor da empresa. As margens foram significativamente reduzidas e isso implicou diminuição significativa de investimentos em novas tecnologias e ID. Tínhamos passado por algo semelhante em 2009 mas não tão forte nem tão persistente.

No início da sua actividade a empresa encontrou também muitas dificuldades em encontrar as competências certas no mercado de trabalho. No entanto, nos últimos 10 anos a situação melhorou bastante, tendo em conta a aposta do Estado angolano na criação de escolas técnicas de suporte ao sector. O ITEL é disso um bom exemplo, tendo fornecido à empresa uma base de jovens qualificados, para depois poderem evoluir a sua aprendizagem na empresa.

Actualmente a empresa conta com quantos colaboradores?

A empresa conta actualmente com 106 trabalhadores directos e cerca de 40 indirectos em representação dos nossos parceiros. Vinte e seis por cento dos colaboradores são do sexo feminino e temos uma média de idade que ronda os 35 anos.

A Multitel consta da lista das 195 empresas que o Estado quer privatizar até 2022. Qual é o impacto real que prevê para a empresa?

A Multitel foi incorporada no grupo das 32 empresas consideradas de referência nacional e isso nos honra muito. Julgamos que esta escolha não tem apenas a ver com volume de negócios, mas reconhece, nestas empresas, capacidade de gestão e competência para assumir o processo de privatização, obedecendo às suas exigências de carácter económico, financeiro, patrimonial, legal e organizativo. No programa aprovado pelo governo, a data prevista para início do processo, na Multitel, é 2020, e portanto prevemos que só aí exista um impacto forte, sobretudo na organização de toda a informação e produção dos dossiers específicos, para cada uma das fases previstas na lei.

E a nível dos trabalhadores e colaboradores? Os seus postos de trabalho estão assegurados?

A privatização é um processo do foro accionista e não executivo ou operacional, não espero qualquer impacto.

Relativamente a novos investimentos, estão previstos novos projectos?

Tendo em conta que o novo projecto LTE é em parceria com o nosso accionista Angola Telecom e que arranca em Setembro deste ano, todo o investimento que decorrerá proximamente deverá ser dirigido à compra de equipamentos para os cliente finais. Iremos partilhar infraestruturas, o que encaixa perfeitamente nas orientações dados pelo Estado angolano e o INACOM em relação à optimização dos recursos.

Como tem sido o volume de negócios da Multitel? Investimento e crescimento andam de mãos dadas?

Até 2016 a empresa cresceu significativamente e multiplicou por oito a sua actividade em comparação com 2008. Nos últimos dois anos tendo em conta o cenário de crise, o volume de negócios estacionou. Nos últimos cinco anos e a preços indexados, a receita acumulada da Multitel foi de 40,4 mil milhões de kwanzas e o investimento acumulado de 3,7 mil milhões de kwanzas, ou seja em média a empresa investiu 9,2 por cento do valor da sua receita. Na Multitel o investimento da companhia evolui com a receita e em relação directa com o EBITDA, ou seja, com o resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, obedecendo assim aos bons princípios de gestão.

Por fim, a que se deve o sucesso da Multitel?

A uma excelente articulação entre todos os stakeholders e sobretudo à excelente equipa que todos os dias se foca nos nossos valores e objectivos, com grande empenho, dedicação e compromisso.

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