Em declarações à agência Lusa, Joffre Van-Dúnem referiu que não se verifica escassez de produtos da cesta básica no mercado neste momento, pelo que está assegurado o quarto trimestre do ano.
“O quarto trimestre será pacífico, como foi o primeiro, o segundo e o terceiro, em termos de escassez de produtos da cesta básica. O que se passa é que haverá alguns operadores que terão algumas dificuldades, para algumas regiões do país, há a circulação nas estradas, que não são das melhores, os custos da importação têm subido, os custos logísticos têm subido, e aproveitando estas questões (…) alguns especuladores no mercado sobem os preços”, disse o ministro.
O governante frisou que o Ministério do Comércio já está a trabalhar junto dos operadores para que baixem os preços.
“E temos a certeza que, pondo em campo também as nossas inspeções, não com intuito de perseguição, mas de constatação de facto da realidade que o país atravessa, os preços, esperemos, não tenham a tendência a subir ainda mais”, realçou.
Nas últimas semanas, os preços da cesta básica, composta por 54 bens, registaram um aumento significativo.
Questionado se a aproximação da entrada em vigor do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), no próximo dia 1 de Outubro, não estará a influenciar este aumento de preços, Joffre Van-Dúnem concordou que “alguns" estão a tirar proveito da situação antecipadamente.
Para o titular da pasta do Comércio, a entrada em vigor do IVA “não irá piorar a situação”, uma vez que se trata de um imposto "mais justo", sendo necessário agora “ver como é que os operadores vão trabalhar no imposto do IVA”.
“Posso dizer que alguns já estão a aproveitar [para subir os preços]", somando o imposto do IVA, mas também estamos a trabalhar no intuito de se acautelar essas questões”, referiu o governante.