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Banco central vende 10 milhões de dólares em divisas às casas de câmbio

O Banco Nacional de Angola (BNA) vendeu directamente a 33 casas de câmbio, já este mês, divisas no valor de 10 milhões de dólares, naquele que foi o segundo leilão do género, divulgou hoje a instituição.

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Segundo o relatório semanal sobre a evolução dos mercados monetário e cambial do BNA, ao qual a Lusa teve hoje acesso, as vendas de divisas às casas de câmbio, entre 31 de Agosto e 04 de Setembro, foram concretizadas a uma taxa média de 149,870 kwanzas (cerca de um euro) por cada dólar.

Tratou-se do segundo leilão para venda de moeda estrangeira às casas de câmbio, medida justificada pelo banco central como mais uma forma de tentar aliviar a pressão do acesso a divisas no país.

Anteriormente, estas casas de câmbio tinham de comprar divisas directamente aos bancos, que por sua vez alegavam não ter em quantidade suficiente devido à crise da quebra do preço do barril de crude, que fez diminuir a entrada de moeda estrangeira no país.

Este segundo leilão, de "preço competitivo" e realizado na quarta-feira passada, permitiu a venda de 10 milhões de dólares de divisas, no qual participaram 33 das 48 casas de câmbio autorizadas pelo BNA e em condições regulares de funcionamento.

Este valor correspondeu a cerca de metade do montante vendido no leilão anterior (o primeiro) para as casas de câmbio.

Desde o final de Maio que o BNA tem em curso um programa para enfrentar a actual crise cambial no país. Contudo, mantêm-se as dificuldades no acesso a moeda estrangeira nos bancos, com o mercado paralelo, de rua, a apresentar taxas de câmbio estar acima dos 180 kwanzas por cada dólar, para compra de moeda estrangeira.

Já a injecção semanal de divisas na banca comercial angolana pelo BNA cifrou-se - no mesmo período - em 281,7 milhões de dólares, de acordo com dados do banco central.

O mesmo relatório semanal do BNA, indica que essas vendas (aos bancos) foram concretizadas a uma taxa média de 126,411 kwanzas por cada dólar, um custo de aquisição substancialmente inferior (devido ao melhor preço praticado nos leilões) ao do das casas de câmbio.

A situação actual de falta de divisas, em função da procura, continua a dificultar, nomeadamente, as necessidades de moeda estrangeira que Angola tem para garantir as importações, de alimentos a matéria-prima e máquinas.

"A procura [de divisas, na banca comercial] não diminuiu. O problema é que eu, pessoalmente, acredito que nem toda a procura de divisas é legítima. Portanto, quando nós pudermos ter uma procura legítima, de certeza que não vai haver falta de divisas", afirmou a 25 de Julho o governador do BNA, José Pedro de Morais Júnior.

O governador revelou que o banco central está a ultimar um novo "quadro operacional" de procedimentos nesta matéria, mas sem revelar mais pormenores.

O BNA anunciou ainda no final de Maio que aquela instituição passou a ter "elementos para flexibilizar" a gestão do mercado cambial, nomeadamente através do aumento de dois para três leilões de divisas (vendas aos bancos) semanais, para regularizar o fluxo de divisas.

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