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Eleições: local de conferência de activistas ocupado por polícias

Um dispositivo policial com duas dezenas de elementos concentrou-se esta Segunda-feira junto a um local para onde estava agendada uma conferência de imprensa de activistas para contestar os resultados eleitorais de Angola.

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“Não vi activista nenhum aqui”, disse à Lusa um dos oficiais da Polícia da Ordem Pública de Angola.

Uma das vendedoras, perto do local, explicou que os polícias estavam lá desde manhã cedo e impediram a presença de cidadãos na zona.

A Lusa testemunhou dois agentes a afastarem motoqueiros que fazem serviço de táxis sem invocar qualquer razão.

Na estrada do Cacuaco, aquele local, junto à árvore conhecida como Mulemba Waxa Ngola, era dos poucos que não tinha nenhum movimento.

Esse espaço, também conhecido como Mural da Cidadania, tinha apenas polícias, numa zona de grande circulação de pessoas e a poucos metros de uma passagem pedonal sobre a estrada onde vendedores de rua tentavam fazer negócio.

À Lusa, o mesmo oficial explicou que a presença de polícias naquela zona “era uma operação de rotina” para “garantir a segurança dos cidadãos”.

A Lusa tentou contactar os promotores da conferência de imprensa mas, até ao momento, nenhum dos activistas atendeu as chamadas.

Para hoje estava agendada uma conferência de imprensa da Sociedade Civil Contestatária destinada a apresentar a posição sobre “desenvolvimentos do processo eleitoral e a detenção de activistas” angolanos na sequência das eleições gerais de 24 de Agosto.

Segundo dados divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), quando estavam escrutinados 97,0 por cento dos votos das eleições realizadas na passada Quarta-feira, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder desde 1975, venceu as eleições gerais de Angola com 51,07 por cento, seguido da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) com 44,05 por cento dos votos.

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