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MPLA vence eleições gerais com 51,07 por cento dos votos. UNITA conquista 44,05 por cento

O MPLA venceu esta Quinta-feira as eleições gerais com 51,07 por cento, seguido da UNITA com 44,05 por cento dos votos, divulgou a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), quando estavam escrutinadas 97,3 por cento das mesas de voto.

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Os resultados provisórios foram divulgados esta Quinta-feira pelo porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Lucas Quilundo, numa altura em que estavam escrutinadas 97,3 por cento das mesas de voto, pelo que não deverá haver alterações substanciais, adiantou.

Segundo estes dados, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) elege 124 deputados e União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) fica com 90 assentos parlamentares.

João Lourenço prepara-se assim para exercer um novo mandato na Presidência da República, numa vitória distante dos 61,8 por cento obtidos em 2017 e em que o MPLA perde a maioria qualificada, ficando com maioria absoluta no parlamento. O seu adversário, Adalberto da Costa Júnior, conquista para a UNITA um resultado histórico, apesar de falhar a eleição como chefe do Executivo.

A histórica Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), o Partido de Renovação Social e o estreante Partido Humanista de Angola (PHA), único liderado por uma mulher (Bela Malaquias) elegem dois deputados cada um e a coligação CASA-CE, deixa de ter representação parlamentar.

O PRS obteve 1,13 por cento dos votos, praticamente empatando com a FNLA, que conseguiu 1,05 por cento, e o PHA, que conseguiu 1,01 por cento dos votos.

A Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), que era a terceira força política no parlamento, obtém apenas 0,75 por cento dos votos e não elege nenhum deputado, tal como a Aliança Patriótica Nacional (0,48 por cento) e o Partido Nacional para a Justiça em Angola (P-Njango), que não foi além de 0,42 por cento.

A UNITA conquista três províncias, com um resultado expressivo, e Luanda, onde alcança 62,59 por cento dos votos e três deputados, perante um MPLA que desce até aos 33,31 por cento e fica apenas com dois representantes no círculo da província mais populosa do país.

O maior partido da oposição dominou também no Zaire, com 52,10 por cento dos votos contra 36,25 por cento do MPLA, e na província independentista de Cabinda, onde deu a volta ao resultado anunciado durante a manhã e conseguiu quatro parlamentares, contra um do MPLA, com uma votação de 68,55 por cento contra 26,36 por cento do partido do poder.

A abstenção, segundo Lucas Quilundo, ficou acima dos 54 por cento.

Nas 25 cidades onde foi feita a votação no exterior, o apuramento está igualmente terminado e os resultados obtidos reflectem-se para o círculo nacional.

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