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Defesa

Polícia registou 126 infracções eleitorais e deteve 142 pessoas

As autoridades registaram na Quarta-feira, dia das eleições gerais, 126 infracções eleitorais em 15 províncias do país, que resultaram na detenção de 142 pessoas, segundo um balanço dos responsáveis pela operação de segurança do acto eleitoral.

: Paulo Novais
Paulo Novais  

Luanda liderou as infracções (37), seguindo-se o Huambo (35), Bié (7), Malanje e Moxico (8), Lunda Norte (6), Cuanza Norte e Uíge com 5 cada, Benguela (4), Huíla (3), Zaire, Cuanza Sul e Lunda Sul (2), Cabinda e Bengo com um, de acordo com o documento a que a Lusa teve acesso.

Na capital registaram-se crimes de danos, falsa qualidade, concentração de eleitores fora das distâncias regulamentares, propaganda eleitoral, incitação a revolta, tentativa de vandalização de dístico, eleitores em estado de embriaguez, injúria contra autoridade, e voto plúrimo, bem como perturbações em mesas de voto por delegados de vários partidos.

Nas restantes províncias foram identificados actos de vandalização por "elementos de um grupo pseudo-revolucionário que afixaram cartazes a sensivelmente 20 metros com conteúdo hostil ao Presidente João Lourenço" e falsificação de documentos, bem como voto plúrimo, e injúria contra a autoridade, eleitores em estado de embriaguez, propaganda eleitoral, fogo posto e falsificações de actas.

Foram mobilizados um total de 80.182 efectivos do Ministério do Interior, que foram apoiados por 2256 veículos.

No total, a polícia fez 1133 acções de escoltas de urnas e restantes equipamentos eleitorais das assembleias para as comissões municipais e provinciais.

Foram protegidos e acompanhados aos respectivos hotéis e residências com a vigilância das forças de defesa e segurança um total de 164 observadores internacionais, nas províncias de Luanda, Benguela, Huíla, Huambo, Lunda Sul, Cuanza Sul, Namibe e Uíge.

O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), liderado pelo Presidente, João Lourenço, venceu as eleições gerais com 51,07 por cento, seguido da União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA) com 44,05 por cento dos votos, divulgou na noite de Quinta-feira a Comissão Nacional Eleitoral, quando estavam escrutinadas 97,3 por cento das mesas de voto.

A histórica Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), o Partido de Renovação Social e o estreante Partido Humanista de Angola, único liderado por uma mulher (Bela Malaquias), elegem dois deputados cada um e a coligação CASA-CE deixa de ter representação parlamentar.

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