Em comunicado, a Federação Angolana refere-se a Paulão como um exímio futebolista.
"Paulão foi um futebolista exímio, tendo representado a selecção nacional de Angola em várias ocasiões e a selecção de África em 1997, além de defender as cores de grandes clubes com o Interclube do Namibe, 1.º de Maio de Benguela, Benfica de Lisboa, Académica de Coimbra, Vitória de Setúbal, ASA e Petro de Luanda", referiu aquela federação.
Na nota, o organismo acrescenta que "com este infausto acontecimento, o desporto angolano vê-se brutal e inesperadamente despojado de um homem de carácter inatacável, de um atleta dedicado, de um técnico arguto e, acima de tudo, de um cidadão exemplar".
Também a Associação de Imprensa Desportiva Angolana 'AIDA' lamentou a morte de Paulão: "Tratando-se de tão nobre figura que, dentro e fora das nossas fronteiras, elevou sempre a bandeira do nosso país ao mais alto nível, regozijando os angolanos com os seus feitos, fica entre nós um vazio imensurável e impossível de preencher".
"O desporto angolano acaba de perder um dos seus maiores ícones", refere Ministério da Juventude, que tutela o desporto.
Segundo familiares, Paulão, que morreu com 51 anos, vai a enterrar na província angolana do Namibe, sua terra natal, em data a anunciar.
Paulo Alves 'Paulão' vestiu a camisola da selecção angolana de futebol em 42 ocasiões, entre os anos de 1989 e 2001, e, por várias vezes, envergou a braçadeira de capitão.
No início da carreira, Paulão representou a equipa do 1.º de Maio de Benguela, estreando-se em Portugal pelo Vitória de Setúbal, em 1994/95.
Seguiram-se duas temporadas no Benfica, antes de passagens por Académica e Sporting de Espinho, regressando em 2003 a Angola, onde ainda esteve ligado ao Petro de Luanda e ao ASA.