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Regulador da Comunicação Social suspendeu conselheiro ex-membro dos serviços secretos

A Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana (ERCA) deliberou “a título excepcional” a suspensão do conselheiro Carlos Alberto, pelo facto de o mesmo ter sido membro dos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SINSE).

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A deliberação saiu de uma reunião plenária realizada esta Quarta-feira, na qual foi dada a conhecer a referida informação, confirmada publicamente por Carlos Alberto.

Na semana passada, depois de terem sido divulgadas nas redes sociais fotos dos cartões do SINSE de Carlos Alberto, o jornalista e conselheiro da ERCA confirmou ter feito, no passado, parte deste órgão do Estado.

Para a ERCA, “diante da urgente necessidade de se esclarecer essa situação”, que alegadamente coloca Carlos Alberto “numa ostensiva e insanável incompatibilidade” com a lei que rege aquela instituição, foi deliberado que “a título excepcional” ficam suspensas todas as suas actividades “até que o mesmo esclareça esta situação de forma convincente e oficial”.

Numa reacção à decisão, Carlos Alberto divulgou através das redes sociais que é do conhecimento da ERCA que o convite para integrar a instituição foi feito pelo líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Adalberto Costa Júnior.

Segundo Carlos Alberto, o presidente da ERCA, Adelino de Almeida, pediu que justificasse o seu passado no SINFO/SINSE, “em plena reunião do Conselho Directivo” por ter assumido publicamente que pertenceu de facto aos “serviços secretos de Angola num passado recente”.

Carlos Alberto defendeu que a Lei da ERCA não questiona o passado de nenhum conselheiro, salvo se se trata de um criminoso.

“Se formos a questionar o passado de cada conselheiro da ERCA, vamos perceber que Carlos Alberto não é o único que pertenceu aos serviços secretos de Angola. Há na ERCA conselheiros que foram da DISA (Direção de Informação e Segurança de Angola) e outros que foram (ou ainda são) da BRINDE (Brigada Nacional de Defesa), serviços secretos da UNITA”, acusou.

O conselheiro da ERCA perguntou “por que não são questionados também em reunião do Conselho Diretivo” e ainda “quem tem medo da presença de um ex-oficial de inteligência na ERCA”.

“O que estão a esconder? Há tantos ex-oficiais de inteligência que estão em posições de destaque nos vários ramos do Estado. Por que ninguém questiona isso”, reforçou.

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