Para o secretário-geral do SINMEA, Pedro da Rosa, apesar da escassez recorrente de recursos humanos no sector da saúde, a quarentena institucional "seria uma opção", mas, notou, a quarentena domiciliar seria a "prática regular" sobretudo para doentes assintomáticos infectados com covid-19.
"Porque ali as pessoas infectadas e assintomáticas podem estar em suas casas, em isolamento, o importante é que as famílias criem realmente condições para que este paciente infectado esteja realmente isolado do resto da família e cumpra as duas semanas de quarentena", disse o responsável em conferência de imprensa.
Questionado pela Lusa sobre a disponibilidade de técnicos de saúde para assistência e controlo de pacientes assintomáticos em domicílio, Pedro da Rosa, admitiu que "é impossível dispor um médico para cada paciente, porque o rácio não permite".
"Significa dizer que todos nós somos potenciais infectados, os recursos humanos, em termos de saúde, serão sempre escassos, é impossível a cobertura porque o crescimento da população é exponencial em detrimento da formação de médicos", argumentou.
Angola passou a permitir a realização de quarentena domiciliar para cidadãos angolanos ou estrangeiros residentes que regressem ao país, bem como para casos positivos de covid-19 mas assintomáticos, a partir de 15 de Agosto.