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Educação

Governo analisa regulamento de ensino à distância no ensino primário e secundário

A Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros avaliou, esta Segunda-feira, o decreto presidencial que aprova o regulamento do ensino à distância e semi-presencial na primária e no secundário.

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A comissão considerou que este regulamento – que tem por base estabelecer regras que assegurem a contínua transmissão de conhecimentos aos alunos através do uso das novas tecnologias – é oportuno, uma vez que que a covid-19 forçou as instituições de ensino do país a suspenderem as aulas presenciais.

"Não sendo possível, de momento, o regresso às aulas presenciais, urge a necessidade de aprovação de um instrumento jurídico que permita o prosseguimento do processo docente-educativo nas modalidades de ensino à distância e semi-presencial, dada a relevância que o ensino tem no desenvolvimento cognitivo e psico-emocional das crianças e dos jovens", refere o comunicado divulgado no final da reunião, citado pelo Jornal de Angola.

Luísa Grilo, ministra da Educação, admitiu que este novo modelo "é uma oportunidade que, para além de permitir que as aulas aconteçam independente do espaço físico onde se encontra, vem também dar oportunidade de alargar o acesso à escolaridade a nível do ensino primário e secundário".

Citada pela Angop, a titular da pasta da educação revelou que durante o encontro da comissão a sua tutela apresentou um documento com as escolas de referência no país, o que irá permitir melhorar a organização das instituições de ensino públicas.

"A pandemia da covid-19 veio mostrar-nos as dificuldades na organização das nossas escolas. Nós pretendemos melhorar não só a qualidade dos professores, mas também as condições infra-estruturais e a participação da comunidade, porque não podemos conceber uma escola sem ter a ligação com a comunidade que nela está inserida", disse.

Quanto ao fim da monodocência na 5.ª e 6.ª classes, a ministra fez saber que o Governo ainda está a estudar a aplicação dessa hipótese, mas frisou que isso não será aplicado no próximo ano lectivo. Luísa Grilo explicou que antes de aplicar a medida é necessário fazer uma reestruturação nas escolas.

O fim da monodocência vai implicar a contratação de mais professores, uma vez que um único professor deixará de ensinar quatro a cinco disciplinas, afirmou.

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