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Economia

Consultora FocusEconomics agrava recessão em Angola para 4,3 por cento este ano

A consultora FocusEconomics piorou a previsão de recessão para Angola, antecipando agora um crescimento negativo de 4,3 por cento este ano, que compara com os 3,9 por cento do mês passado, e prevê expansão de 0,5 por cento em 2021.

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"A recessão económica deverá ter-se intensificado no segundo trimestre deste ano devido à pandemia de covid-19 e às medidas de isolamento social decorrentes", argumentam os analistas no mais recente relatório sobre as economias africanas.

No documento, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, esta consultora, com sede em Barcelona, escreve que a degradação do ambiente económico entre Abril e Junho impactou as finanças públicas, "com o risco de Incumprimento Financeiro a pairar no ar e havendo um espaço reduzido para mais estímulos públicos que potenciem a actividade económica".

Os números preliminares do terceiro trimestre também são relativamente negativos, já que a produção de petróleo em Cabinda caiu para o valor mais baixo dos últimos 15 anos em Julho e as medidas de confinamento vão continuar em vigor até Setembro em duas províncias, "influenciando a actividade económica".

As medidas de contenção para conter a propagação da pandemia "vão deprimir ainda mais o consumo das famílias e as despesas de capital, enquanto os confinamentos no estrangeiro vão prejudicar as contas externas devido à diminuta procura de petróleo, o que arrasta os preços para baixo", salientam.

Os analistas pioraram a previsão de crescimento negativo, de 3,9 por cento para 4,3 por cento este ano, e antecipam agora uma recuperação económica de 0,5 por cento, quando no mês passado apontavam para um crescimento de 0,7 por cento em 2021.

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