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Oito mil congoleses abandonaram campo de refugiados de Lóvua

Um grupo de oito mil refugiados congoleses abandonou o campo de Lóvua, na província de Lunda-Norte, e decidiu seguir a pé até à fronteira com o seu país, segundo um comunicado da Embaixada de Angola em Portugal.

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O caso está a ser acompanhado pelas autoridades que estão “a prestar todo o seu apoio” a este grupo de refugiados, enquanto tentam demover os restantes 18 mil que ainda estão alojados no campo de Lóvua de regressar ao seu país “sem que primeiro estejam criadas as mínimas condições logísticas de apoio”, como disponibilidade de água, alimentos e transportes, para evitar “constrangimentos”.

Esta intenção das autoridades resulta, de acordo com o comunicado, das recomendações das diferentes partes envolvidas no processo: governos angolano e congolês e Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Os refugiados saíram a pé do campo de Lóvua em direcção ao centro da cidade de Dundo (Lunda-Norte), a cerca de 150 quilómetros, para daí caminharem mais 90 quilómetros em direcção à fronteira com a República Democrática do Congo (RD Congo).

O documento adianta que a migração dos congoleses para Angola se deveu à “violência extrema” resultante de graves tensões políticas e étnicas na RD Congo em 2017, referindo ainda a disponibilidade congolesa para receber estes cidadãos, refugiados em Lóvua desde Maio de 2017.

A 29 de Julho, o governador da província do Kassai Central (RD Congo), Martin Mulamba, garantiu que o seu governo tinha condições para acolher estes cidadãos, durante um encontro com o governador da Lunda-Norte, Ernesto Muangala.

“Os motivos da saída dos cidadãos congoleses do seu país estão ultrapassados”, pelo que “já podem regressar, para contribuírem para o seu desenvolvimento”, disse Martin Mulamba durante uma visita de três dias a Angola para tratar questões relacionadas com o repatriamento dos refugiados da RD Congo, citado no mesmo comunicado.

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