No final do Conselho de Ministros, e questionada sobre as eleições em Angola realizadas na esta Quarta-feira, a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, começou por sublinhar que este tema não foi discutido na reunião do Governo, mas acedeu a fazer um breve comentário.
"Sendo um país com que temos fortes relações e um dos países-membros da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], esperamos que elas decorram segundo as regras da democracia", disse.
Sobre as diferentes posições expressas pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e pela União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) acerca dos resultados eleitorais - ainda não conhecidos oficialmente -, a ministra considerou "natural que existam problemas e reclamações dos diferentes partidos concorrentes".
"Esperamos que também sejam resolvidos segundo as regras da democracia e que possa resultar, no final deste processo, um período de estabilidade como tem acontecido desde há alguns anos neste país tão importante para África e dentro da CPLP", frisou, salientando que o Governo português nada mais tem a acrescentar.
O MPLA anunciou esta manhã que, com cinco milhões de votos escrutinados em todo o país, tem a “maioria qualificada assegurada” e a eleição de João Lourenço para Presidente da República. No entanto, o vice-presidente da UNITA, Raúl Danda, contestou o anúncio de vitória do MPLA nas eleições gerais, exortando a Comissão Nacional Eleitoral "a ter a coragem de divulgar os resultados provisórios reais" que vão chegando aos partidos.