Perante um forte aparato de segurança e mediático, com dezenas de jornalistas nacionais e estrangeiros, José Eduardo dos Santos, que completa este mês 75 anos, votou, juntamente com a mulher, Ana Paula dos Santos, na escola primária de São José de Clunny, centro de Luanda, onde funciona a Assembleia de Voto n.º 1047.
No final da votação, José Eduardo dos Santos cumprimentou os observadores internacionais convidados presentes no local, que estão a acompanhar o processo eleitoral, casos dos antigos presidentes de Timor-Leste, José Ramos Horta, e de Moçambique, Joaquim Chissano, e o ex-primeiro-ministro cabo-verdiano José Maria Neves, entre outros.
A votação no local decorre normalmente e José Eduardo dos Santos deixou aquela escola sem prestar declarações aos jornalistas.
Sensivelmente à mesma hora, mas em Talatona, arredores de Luanda, votou Isaías Samakuva, o presidente e cabeça-de-lista da UNITA, o maior partido da oposição angolana, que apelou aos angolanos para cumprirem o dever cívico de votar nestas eleições, segundas gerais e quartas desde 1992.
A votação para as eleições gerais iniciou-se à 07h00, disse à Lusa a porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Júlia Ferreira. "Já se vota em Angola desde as sete da manhã", disse a porta-voz da CNE.
Mais de 9,3 milhões de angolanos estão inscritos para escolherem, entre seis candidatos, o sucessor de José Eduardo dos Santos - que não integra qualquer lista candidata - com a votação a decorrer até às 18h00.
Esta votação envolve a eleição directa do parlamento (220 deputados) e indirecta do Presidente da República, que será o cabeça-de-lista do partido mais votado.