A decisão consta de cinco recentes despachos assinados pelo ministro Francisco Queiroz, aos quais a Lusa teve acesso Quinta-feira, que prevêem as atribuições dos direitos de exploração por um ano, prorrogáveis por quatro, ficando as cooperativas obrigadas a prestar informações técnicas e económicas à concessionária diamantífera nacional Endiama.
O ministro da Geologia e Minas justifica, nos mesmos despachos, que o "aproveitamento sustentável dos recursos minerais do país" implica "o reforço e a aceleração da diversificação das actividades de prospecção e exploração mineira, envolvendo tanto o sector público quanto o sector privado da nossa economia".
Para a província de Malanje foram atribuídas concessões para a Cooperativa Mineira Brilho do Mussende, no município da Cangandala, e uma área de 50,53 quilómetros quadrados, seguindo-se a Cooperativa Mineira Twala Kumoxi, no município de Kunda-Dya-Base, com 190 quilómetros quadrados, e a Cooperativa de Pesquisa e Recursos Minerais, no município de Malanje, com 200 quilómetros quadrados.
Outros dois despachos atribuem concessões para exploração semi-industrial de diamantes na província vizinha da Lunda Norte, casos das cooperativas Txapemba Canguba, no município de Cambulo, com 84 quilómetros quadrados, e L&L Comércio, em sete quilómetros quadrados do município do Chitato.
As autoridades têm admitido publicamente a preocupação com o garimpo ilegal de diamantes na região das Lundas, onde está concentrada a produção diamantífera nacional, defendendo o modelo de associação em cooperativas, para exploração semi-industrial devidamente autorizada.
Esta actividade, com recurso a meios limitados em termos legais, já tem sido autorizada igualmente a cooperativas mineiras nas províncias da Lunda Sul e Kwanza Sul.