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Poliomielite: número de crianças vacinadas em Luanda ultrapassou o esperado

O número de crianças vacinadas em Luanda contra a poliomielite ultrapassou o planificado pelas autoridades sanitárias mas muitas menores ficaram por vacinar devido à recusa de muitos centros infantis, anunciou hoje a direcção de saúde.

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Num encontro para a apresentação os resultados preliminares da campanha de vacinação nacional contra a poliomielite, que decorreu entre sexta-feira e domingo, a directora provincial de Saúde de Luanda, Rosa Bessa, disse que o número de crianças planificadas era de 1.345.229, mas nos três dias foram imunizadas 1.412.266.

"Dos dados preliminares que podemos apresentar, vacinamos cerca de 1,4 milhões de crianças, um pouco acima do que nós estimámos, mas mesmo assim nós temos certeza de que não vacinámos todas as crianças", referiu.

Segundo a responsável, houve dificuldades de vacinação em algumas creches, sobretudo aquelas "com algum nível e bem organizadas".

"Fui contactada por uma directora de rede de creches, que só para o município de Ingombota e Maianga têm mais ou menos 500 crianças por vacinar", exemplificou.

Perante a situação, as autoridades sanitárias da capital prorrogaram por mais uma semana a campanha de vacinação em postos fixos e creches, de formas a atingir o maior número de crianças.

Apesar dos constrangimentos registados, Rosa Bessa disse que esta campanha foi levada "muito a sério" quer por pais quer pessoal envolvido na actividade.

Angola prepara-se para apresentar em Novembro o seu processo de certificação da erradicação da poliomielite do país, doença sobre a qual as autoridades nacionais não têm registo de qualquer caso há quatro anos.

Depois desta campanha, a segunda fase de vacinação contra a poliomielite está prevista de 16 a 18 de Outubro.

De acordo com a directora de Saúde de Luanda, este ano vai ser também intensificada, entre os meses de Setembro e Dezembro, a vacinação de rotina, acto que contribuiu significativamente para os resultados alcançados nesta campanha.

"Temos que trabalhar, temos que fazer também este ano a segunda dose de vacinação contra o sarampo. Quero dizer que da campanha que fizemos o ano passado temos bons resultados, o hospital pediátrico já não temos tido casos graves de sarampo", frisou.

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