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UNITA pede responsabilidades sobre “cerimónia religiosa secreta” no parlamento

A UNITA exigiu esta Segunda-feira ao presidente do parlamento que apure responsabilidades sobre a “cerimónia religiosa secreta” realizada na sala do plenário do órgão legislativo, considerando-a como o “cúmulo da promiscuidade” entre Estado e religião.

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O grupo parlamentar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) considera também que a realização da referida cerimónia, "a favor da campanha dos candidatos a Presidente da República e deputados à Assembleia Nacional do partido do regime para as eleições de 24 de Agosto representa a 'coisificação' da fé".

"Assim como a instrumentalização da religião para propósitos contrários à doutrina social da igreja", lê-se numa nota de imprensa do grupo parlamentar da UNITA, divulgada esta Segunda-feira.

Um vídeo colocado a circular nas redes sociais em Angola apresenta um grupo de mais de uma dezena de religiosos, maioritariamente ajoelhados, a fazerem orações na sala principal do plenário do parlamento, em Luanda.

Segundo a UNITA, a cerimónia foi realizada na semana passada e os seus promotores "demonstraram, mais uma vez, desrespeito à Constituição da República e à lei".

O grupo parlamentar da UNITA "vem, por este meio, denunciar e condenar energicamente este acto que mais uma vez revela desconhecimento dos fins dos órgãos de soberania do Estado, uso indevido das instituições do Estado pelo partido no poder [Movimento Popular de Libertação de Angola – MPLA] em benefício próprio", refere-se na nota.

Para a UNITA, tal acto representa ainda desvalorização dos órgãos da Assembleia Nacional e "exige" que o presidente do órgão, Fernando da Piedade Dias dos Santos, "apure responsabilidades".

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