O reservatório Begónia será desenvolvido através de cinco poços submarinos (três de produção e dois de injecção de água), ligados à unidade flutuante de produção, armazenamento e descarga FPSO Pazflor, em produção desde 2011 no Bloco 17.
O primeiro óleo, previsto para o primeiro semestre de 2025, vai aumentar a produção do FPSO Pazflor em cerca de 30.000 barris petróleo por dia, explica a concessionária nacional em comunicado remetido ao VerAngola.
O Begónia é o segundo projecto operado pela TotalEnergies em Angola a beneficiar de uma "engenharia inovadora" e de um novo quadro contratual para a padronização do Sistema de Produção Submarino, capaz de reduzir os custos até 20 por cento e acelerar o processo de aquisição.
Para o presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Paulino Jerónimo, a decisão final de investimento do Begónia "é fundamental para sustentar a produção de Angola, optimizando os activos e recursos existentes".
O responsável refere ainda que "a concessionária Nacional tudo continuará a fazer para que os operadores e os seus parceiros tenham as melhores oportunidades para expandirem e incrementarem a sua actividade no país e para que contribuam para o aumento da produtividade e da eficiência do sector petrolífero".
Já o director-geral da TotalEnergies em Angola, Olivier Jouny, sublinha que "este primeiro desenvolvimento submarino de conexão interblocos vai maximizar a utilização da infra-estrutura do Pazflor, reduzindo os custos e a intensidade de carbono, em linha com a estratégia da TotalEnergies".
"Neste emblemático bloco, a TotalEnergies mostra a sua liderança em águas profundas, a baixo custo (menos de 20 dólares por barril), graças à padronização do equipamento submarino", acrescenta.
O mesmo responsável referiu ainda que esta decisão final de investimento antecede a assinatura prevista da concessão da central de energia solar Quilemba, no Lubango, evidenciando a aposta e o desenvolvimento multi-energia da TotalEnergies em Angola.
Com um investimento de 850 milhões de dólares, o projecto de desenvolvimento vai envolver 1,3 milhões de horas de trabalho, das quais 70 por cento serão executadas em Angola, principalmente na base industrial de Luanda, e no offshore.
A TotalEnergies opera o Bloco 17/06 com uma participação de 30 por cento, juntamente com a Sonangol P&P (20 por cento), SSI (27,5 por cento), Somoil (10 por cento), ACREP (5 por cento) Falcon Oil (5 por cento) e PTTEP (2,5 por cento).