O presidente do IGAPE, instituto que gere as participações do Estado, fez um “balanço extremamente positivo” do desempenho do sector público, em que a petrolífera Sonangol se distinguiu tanto a nível de resultados, como de activos e passivos.
Patrício Vilar justificou os bons resultados (face ao prejuízo de 3.133 mil milhões de kwanzas do ano anterior) com factores como a “inflexão económica” a que se assistiu em 2021, nomeadamente no último trimestre do ano, o que permitiu também a retoma do sector empresarial público.
O sector empresarial público nacional é dominado por empresas ligadas aos recursos minerais e petróleo (71,1 por cento), seguindo-se a energia e águas (9,8 por cento), o sector financeiro (8,2 por cento) e transportes (8 por cento).
Patrício Vilar apontou ainda algumas variáveis que precisam de ser melhoradas, entre as quais o passivo excessivo de algumas empresas, o que comporta riscos fiscais. “Vamos trabalhar conjuntamente para minimizar esses riscos”, sublinhou.
A Sonangol é a empresa que maior passivo tem (11.482 mil milhões de kwanzas) e apresentou também o maior resultado líquido (1337 mil milhões de kwanzas), seguindo-se a diamantífera estatal Endiama (44 mil milhões de kwanzas).
“Felizmente, não temos situações gravosas isoladamente, mas, no conjunto temos, e é isso que é preciso ter instrumentos que permitam monitorizar, mas também corrigir”, disse, salientando que o acompanhamento deve ser feito ao longo do ano, e não apenas no final.
“Porque só olhar para os indicadores financeiros não nos permite aferir o risco, temos de olhar para indicadores operacionais que nos permitam ver se o desempenho em termos comerciais, em termos económicos, de uma dada empresa representa ou não alguma ameaça”, justificou.