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Investimento estrangeiro em Angola é dominado por cinco países

Cinco países dominam o investimento estrangeiro em Angola. De acordo com um relatório do Banco Nacional de Angola (BNA), no primeiro trimestre deste ano, os Estados Unidos da América (EUA), França, Itália, China e Reino Unido foram os países que mais se salientaram no que diz respeito à proveniência do investimento directo estrangeiro do sector petrolífero no país.

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O relatório sobre a Balança de Pagamentos e a Posição do Investimento Nacional dá ainda conta que no sector não petrolífero se destacam a África do Sul e a Bielorrússia.

"No primeiro trimestre de 2022, os EUA, França, Itália, China e Reino Unido foram os países que se destacaram, no que se refere a origem do investimento directo estrangeiro do sector petrolífero. Relativamente ao sector não petrolífero, recai para a África do Sul e a Bielorrússia", pode ler-se no documento.

O BNA refere ainda que, no período em referência, o saldo do investimento directo foi "deficitário em 1.358,3 milhões de dólares, contra um défice de 1.480,8 milhões de dólares registado no trimestre precedente, justificado pela redução da recuperação dos investimentos no sector petrolífero".

Acerca dos fluxos do investimento directo estrangeiro no país, o documento indica ainda que estes se avaliaram em 1.509,4 milhões de dólares, "sendo maioritariamente do sector petrolífero, com cerca de 99,6 por cento do valor total".

Já do lado das saídas, o relatório salienta que a "recuperação das despesas de investimento do sector petrolífero" se situaram em 2.866,2 milhões de dólares, face aos 4.294,3 milhões de dólares no trimestre anterior.

Sobre a posição líquida de investimento internacional, o documento refere que este "registou uma melhoria do seu défice", tendo passado de 24.478,6 milhões de dólares no último trimestre do ano passado para 21.069,9 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2022, "em função do aumento dos activos financeiros e redução dos passivos do país face a não residentes".

O BNA informa ainda que das categorias que constituem "os activos financeiros do país, na sua maioria registaram aumentos, com excepção dos activos de reservas e do investimento de carteira, que registaram reduções na ordem de 7,1 por cento e 4,9 por cento, respectivamente".

O outro investimento correspondeu a 62,4 por cento do total dos activos, seguindo-se os activos de reservas (29,7 por cento), investimento directo (4,6 por cento) e o investimento de carteira (3,2 por cento).

"No que toca à composição do outro investimento, importa realçar que os créditos comerciais e adiantamentos representam 52,6 por cento do seu valor total, seguido das moedas e depósitos dos com 46,4 por cento", indica o documento.

O relatório refere igualmente que o "stock de investimento angolano no exterior" aumentou, tendo passado de 2.152,6 milhões de dólares no quarto trimestre de 2021 para 2.246,9 milhões de dólares, "fruto da valorização de alguns activos investidos no exterior".

Entre os principais países de destino do investimento directo angolano no estrangeiro estão as Ilhas Maurícias, Portugal, Ilhas de Man, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde.

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