Segundo o ministro das Relações Exteriores, Téte António, o protocolo de facilitação de vistos vai ajudar a simplificar "a vida" daqueles que desejam viajar por questões de trabalho, estudo e saúde, durante um curto espaço de tempo.
Por seu turno, o homólogo português, Augusto Santos Silva também partilhou a mesma visão: "Este acordo é feito com a autorização da Comissão Europeia" e "facilita a obtenção de vistos designadamente para pessoas que se têm de deslocar a Portugal por razões de trabalho, por razões de saúde ou por razões de estudo".
Citado pela Angop, o ministro luso falou ainda sobre o acordo que diz respeito ao investimento, tendo considerado que o objectivo do documento passa por facilitar a vida dos empresários e dos trabalhadores, impulsionando as "trocas económicas entre Angola e Portugal".
"Os portugueses devem contribuir para o crescimento da riqueza e do emprego em Angola e temos beneficiado de grande investimento de Angola, por ser essa a melhor maneira de desenvolver relações económicas", indicou.
Além dos dois acordos acima referidos – que foram assinados por Téte António e o seu homólogo português, Augusto Santos Silva – também foi rubricado um acordo na área da educação, entre o Ministério da Educação e o Instituto português da Cooperação e da Língua, chamado "Saber Mais".
O chefe da diplomacia nacional defendeu que o documento vai ajudar a fornecer conhecimento de qualidade aos jovens.
"Este é o mais importante por que é aquele que lança o novo programa de cooperação entre Portugal e Angola na área da educação, que começará a partir do próximo ano lectivo e destina-se à formação de formadores", afirmou o ministro.
O programa vai ser desenvolvido nas províncias de Luanda e do Bié, que foram escolhidas pelo Governo angolano, e vai prolongar-se até 2025, estando previsto um investimento de cerca de 3,85 milhões de euros, dos quais 3,1 milhões garantidos pela cooperação portuguesa e 750 mil euros pela parte angolana, indicou Santos Silva.
Já Augusto Santos Silva fez saber que este memorando vai durar cinco anos e que está orçado em cerca de quatro milhões de euros.
Indicou ainda que este acordo pretende prestar apoio a Angola no que concerne à formação de professores nas principais áreas (matemática, língua portuguesa, pré-escolar e necessidades educativas especiais).
A par destes três documentos firmados com Portugal, Angola também rubricou, esta Sexta-feira, um memorando de entendimento com a Guiné-Bissau, no âmbito da cooperação financeira.