O empresário, que lidera o grupo AA (Adérito Areias) com um vasto portefólio de negócios, onde se destaca a produção e comercialização de sal marinho, pescas e processamento de pescado, agropecuária e reparação naval, adiantou que a produção se destina sobretudo ao mercado interno.
"O meu trabalho é produzir sal e vender aos meus clientes, eles é que fazem a sua colocação. Este ano vamos chegar às 250 mil toneladas, o que é muito bom", declarou à Lusa, à margem de uma conferência sobre Economia do Mar que se realizou esta Quarta-feira, em Luanda.
O incremento deveu-se ao aumento das salinas, na Baía Farta.
"Temos cerca de 1200 hectares a produzir sal e quero aumentar 350 hectares", afirmou, estimando que a expansão permita produzir mais 50 mil toneladas de sal do que no ano passado.
Adérito Areias emprega cerca de 3000 trabalhadores só na produção de sal, sobretudo mulheres, sendo esta a segunda área mais rentável do grupo, a seguir à do pescado.
"Temos onze barcos a trabalhar para nós", adianta o empresário de Benguela, sublinhando, no entanto, que a pesca escasseia.
"Acho que houve excesso de capturas, a biomassa está fraca, é preciso que a fiscalização seja eficaz", comentou, considerando que "já há melhoras" e que "o ministério da Agricultura e Pescas está a fazer um esforço muito grande".
O líder do grupo familiar, criado há mais de sete décadas, diz que a pandemia pouco afectou o negócio do grupo que facturou cerca de 57 milhões de dólares no ano passado.
"Funcionámos normalmente, estivemos sempre a laborar, não tivemos muitos problemas", assegurou, indicando que espera "um pequeno acréscimo" na facturação em 2021.