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Petróleo: todos os blocos em licitação com propostas de investimento. Ofertas ultrapassam os mil milhões

A Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) abriu no início desta semana a primeira etapa de licenciamento onshore de 2020. Todos os nove blocos onshore de petróleo e gás na bacia do Baixo Congo e na bacia do Kwanza receberam propostas de uma variedade de operadoras de petróleo e gás.

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Foram apresentadas à agência nacional de petróleo 45 propostas de 15 empresas diferentes, totalizando uma proposta de investimento de mais de mil milhões de dólares para o sector.

As bacias sedimentares onshore em oferta, nomeadamente, do Baixo Congo e do Kwanza, são desde há muito tempo o lar de descobertas de hidrocarbonetos de classe mundial.

"Pelos dados iniciais de que dispomos, acreditamos fortemente no potencial dos nove blocos em oferta. Esperamos encontrar os parceiros certos para explorá-los no final deste processo. É nossa esperança fervorosa que estes blocos tenham um papel importante no aumento da produção de petróleo de Angola no futuro", afirmou Natacha Massano, directora executiva e membro do conselho da ANPG, responsável pelas negociações, em comunicado remetido ao VerAngola.

Os esforços da agência para simplificar os requisitos de licitação e cortar barreiras de entrada, eliminando a taxa de entrada de um milhão de dólares para empresas que pretendem fazer uma oferta, podem ser parcialmente responsabilizados por este sucesso.

Agora, todas as propostas serão analisadas pelas equipas técnicas da ANPG. Os resultados oficiais finais devem ser anunciados a 25 de Agosto de 2021.

"Estes resultados iniciais promissores são uma boa indicação de que as reformas feitas anteriormente para melhorar o ambiente operacional no sector do petróleo e gás angolano estão a dar frutos", disse Verner Ayukegba, vice-presidente sénior da Câmara Africana de Energia.

"A ANPG existe há pouco menos de três anos e, no entanto, foi capaz de organizar uma ronda de licitações durante uma pandemia desafiadora. Este é um testemunho do compromisso da agência sob a liderança do experiente veterano do petróleo, Paulino Jerónimo, para conter a maré de declínio da produção em Angola", continuou Ayukegba.

Esta licitação é mais uma etapa de licenciamento em linha com o Decreto Presidencial 52/19, que prevê licitações anuais até 2025. O regulador pretende despertar interesse, muito para além dos tradicionais actores do sector do petróleo e gás. Atenção especial foi dada para atrair operadores de médio porte para novas áreas de exploração em Angola.

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