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Economia

Quase 800 projetos no valor de 660 mil milhões de kwanzas aprovados no Prodesi

O programa de diversificação e exportação da economia, criado em 2019, apoiou até ao momento 795 projectos no valor total de 660 mil milhões de kwanzas, foi anunciado em Luanda.

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De acordo com o balanço relativo aos três anos de PRODESI (acrónimo do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações) foram aprovados até ao momento 795 projetos no valor de 660 mil milhões de kwanzas, ao abrigo das várias linhas de crédito que permitem operacionalizar este programa, tendo sido submetidos à banca 1431 projectos, o que significa uma taxa de aprovação de 55  por cento por cento.

Noventa e cinco projetos estão ainda em fase de negociação.

Nos primeiros seis meses deste ano foram aprovados 140 projectos num total de 239, no valor de 183 mil milhões de kwanzas.

Os projetos aprovados geraram mais de 60 mil empregos e representaram um volume de negócios de 538 mil milhões de kwanzas.

"Entendemos que podemos fazer melhor", disse aos jornalistas o director nacional para Economia, Competitividade e Inovação do Ministério da Economia e Planeamento, João Nkosi, indicando que houve uma aceleração no programa.

"Em 2019, tínhamos menos de 40 projectos aprovados, hoje temos mais de 700, graças à estratégia seguida pelo Governo, que permitiu registar mais 13 mil produtores - quando a meta do PRODESI previa 10.000 até ao final do ano - bem como mais 250 cooperativas a receber financiamento no âmbito das medidas de alívio económico e 195 operadores do comércio e distribuição com financiamento para compra de produção", realçou.

O responsável elencou algumas medidas que tem sido adoptadas para melhorar o desempenho do PRODESI entre as quais a criação de serviços de apoio ao crédito para ajudar na confirmação dos processos de empresários e produtores candidatos ao financiamento, o que ajudou a reduzir a taxa do insucesso na aprovação dos projectos.

Para o segundo semestre, continuou, o objectivo é manter esta dinâmica: "Entendemos que há constrangimentos, daí que estamos a trabalhar com os nossos parceiros na melhoria do ambiente de negócios".

João Nkosi reconheceu que é preciso "melhorar o ambiente de negócios" e "não complicar a vida aos empresários", simplificado os processos e aliviando a carga burocrática, bem como resolver os problemas das infraestruturas, nomeadamente rodoviárias.

"Os problemas estão identificados, precisamos de não perder tempo e ir ao ataque", disse, sublinhando que tem de ser resolvidos problemas de escoamento, com reabilitação das estradas.

Sobre a recente subida da taxa directora do BNA de 15,5 para 20 por cento, lembrou que o banco central de Angola emitiu também recomendações contidas no Aviso n.º 10, que foi prolongado até Dezembro, e que mantém uma taxa de juro de 7,5 por cento para projectos que envolvam os 17 produtos com potencial de mais rapidamente contribuírem para a cobertura de necessidades internas de consumo.

"Do nosso ponto de vista, é um estímulo à economia, sobretudo para os empresários que vão recorrer aos bancos comerciais que tem também objectivos de financiamento de projectos. Para os empresários é boa notícia, fora disto pode ser complicado, mas no âmbito do aviso 10, a procura é enorme", declarou o mesmo responsável.

O PRODESI tem como linhas de financiamento os seguintes instrumentos: recursos remanescentes de linhas de crédito bilateral, estabelecidas inicialmente para atender ao Programa de Investimentos Públicos, recursos provenientes do Investimento Directo Estrangeiro, fundos de 'private equity' do Fundo Soberano de Angola, outros recursos do mercado financeiro nacional e estrangeiro disponíveis, como fundos privados de 'private equity', financiamentos com garantia de geração de créditos de carbono, etc.

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