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Refriango quer exportar para Moçambique e São Tomé e Príncipe já no próximo ano

A empresa de bebidas Refriango quer começar a exportar para Moçambique, São Tomé e Príncipe e República Democrática do Congo no próximo ano, disse o director executivo da companhia, que este Sábado anunciou uma nova parceria com a Coca-Cola.

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Presente no mercado há 17 anos, a Refriango já investiu mais de 600 milhões de dólares no país, de forma faseada, tendo uma perspectiva a longo prazo para desenvolver os seus negócios.

"Acreditamos muito neste modelo de parcerias, estamos em Angola, conhecemos e acreditamos em Angola [...], queremos continuar a atrair parceiros e investidores para Angola, e sermos de certa forma uma ajuda para atrair parceiros, capital de investimento para este país", afirmou à Lusa o CEO (director executivo) da Refriango, Diogo Caldas.

A empresa pretende, além de atrair parceiros e investidores, olhar para a exportação, "um factor importante que irá ajudar Angola", sublinhou.

Segundo Diogo Caldas, a Refriango está a olhar para os países à volta para perceber o que pode exportar, não só a nível de marcas próprias, mas também dos seus parceiros: "A nossa ambição é exportar já a curto espaço, talvez já no próximo ano, para a República Democrática do Congo, Moçambique e São Tomé e Príncipe".

A Refriango anunciou este Sábado uma parceria com a Coca-Cola para a produção e distribuição dos sumos Minute Maid, que começam a ser produzidos já este mês e vão estar disponíveis em três sabores.

"É uma parceria muito importante para a Refriango, sentimo-nos privilegiados", assinalou o responsável, acrescentando que o acordo permitirá à empresa preencher a sua capacidade instalada, com 27 linhas de enchimento e uma capacidade de 2,5 mil milhões de litros, que poderão satisfazer as necessidades do mercado interno e de exportações.

Na conjuntura actual, marcada pela crise económica e financeira e pela pandemia da covid-19, a Refriango foi igualmente afectada, e teve de se ajustar e estruturar àquilo que é a realidade e os desafios do país, disse Diogo Caldas, salientando que continuam "optimistas e à procura de soluções".

"A Refriango teve de fazer um ajuste. Tínhamos uma estrutura maior, mas, infelizmente, por toda a situação económica do país, pelas dificuldades do poder de compra, tivemos de ajustar a nossa equipa de pessoal para continuarmos também o nosso caminho e os nossos projectos", disse o CEO, indicando que se perderam 1000 postos de trabalho devido à pandemia de covid-19.

"Estas novas parcerias e projectos, não só para consumo interno, mas também para a exportação, podem obrigar-nos a trazer as pessoas e contratar novas pessoas, e o que nós queremos é recuperar as pessoas que perdemos", acrescentou.

A parceria com a Coca-Cola vem somar-se à já existente com a Diageo, na área das bebidas espirituosas, para a distribuição e produção de marcas de gin e whiskey produzidas de acordo com os parâmetros internacionais.

Questionado sobre a facturação em 2020, Diogo Caldas admitiu que foi afectada e que houve categorias que sofreram mais do que outras, sem avançar números.

Por sua vez, a directora de marketing da Coca-Cola Company para Angola, Paula Lima Matoso, disse que a multinacional norte-americana estava a tentar introduzir a marca no país e que este projecto estava "há algum tempo na gaveta".

A Refriango é uma empresa especializada na produção e distribuição de refrigerantes, sumos, águas, bebidas energéticas e alcoólicas, detentora de um portfólio de mais de uma dezena de marcas.

A empresa detém uma das maiores unidades industriais do continente africano, com 42 hectares, 28 linhas de enchimento e uma capacidade de produção de mais de 2.300 milhões de litros por ano, criando mais de 2000 empregos directos.

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