Os animais, durante a guerra, decidiram ir além-fronteiras e fugiram para a Zâmbia e a Namíbia. Contudo, desde o ano passado que as várias espécies que fugiram estão a regressar em manadas para o seu habitat natural.
De acordo com a Angop, desde Novembro do ano passado que já chegaram ao país seis leões, oito girafas, 12 zebras, 25 mabecos, 68 elefantes e mais de 2000 búfalos.
António Chipita, director executivo da Associação do Ambiente e Desenvolvimento Integrado Rural (ACADIR), revelou à Angop que a quantidade de animais no parque tem vindo a crescer.
Classificando este regresso como "notável", o responsável afirmou que os números são resultado do "trabalho que os fiscais ambientais e as comunidades residentes próximo do parque estão a fazer, desde o não abate e a conservação da própria fauna, por constituir um passo importante para o desenvolvimento turístico e económico das populações locais".
Com vista a verificar o aumento do número de espécies no parque, a actividade de contagem dos animais vai continuar durante os próximos quatro meses.
Este regresso está enquadrado no projecto "Combate aos crimes selvagens". Financiado pela USAID em parceria com a ACADIR, o projecto está orçado em 300 mil euros.
O projecto, implementado em 2018, vai decorrer até ao próximo ano. A iniciativa alinha-se com o secretariado do KAZA – Área Transfronteiriça de Conservação do Okavango-Zambeze e, desde a sua aplicação que já foram formados 27 fiscais comunitários, que têm ajudado a reduzir a caça furtiva.