O caso aconteceu na Sexta-feira e no Sábado com um voo vindo de Luanda e um de Maputo. De acordo com o jornal Público, os passageiros recusaram-se a fazer o teste, apesar do diploma do conselho de ministros português estabelecer que todos os cidadãos nacionais e estrangeiros com residência em Portugal que venham do Brasil, dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Estados Unidos terem de apresentar um resultado negativo à covid-19, sendo que esse resultado pode ser testado antes de os cidadãos viajarem ou depois de aterrarem no aeroporto do país.
Ao mesmo jornal, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) não revelou o número certo de passageiros que entrou no país sem ter feito qualquer tipo de teste, explicando que não puderam proibir a entrada de dezenas de cidadãos porque estes eram cidadãos nacionais ou tinham residência legal em Portugal.
O SEF revelou ainda que o que aconteceu com estes dois voos foi uma excepção à regra, frisando que em mais nenhum voo tem acontecido episódios do género: "Em todos os outros voos isso não tem acontecido".
Quando os passageiros se recusam a realizar o teste, o SEF é obrigado a identificá-los para, posteriormente, entregar uma lista de nomes à Direcção-Geral da Saúde portuguesa. O objectivo é identificar os cidadãos de forma mais fácil, podendo assim fazer uma avaliação da sua saúde.
O Público avança ainda que também têm existido situações contrárias: na Quinta-feira chegou a Lisboa um outro voo vindo de Luanda. Dos 96 passageiros, só três é que recusaram fazer o teste à covid-19.
Aqui o problema não era a realização do teste, mas sim o facto de cerca de 70 passageiros não terem sido informados pela companhia aérea que necessitavam de ter o teste feito.
Alguns passageiros ficaram indignados com a situação porque, como só está um funcionário a trabalhar no laboratório do aeroporto o tempo de espera para fazer o teste prolongou-se. Outros tiveram ainda de recorrer à ajuda de familiares para conseguir pagar o teste, que tem um custo de 100 euros.