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Cerca de 16 por cento do arroz do país é produzido pela Fazenda Santo António

A Fazenda Santo António, na província do Bié, é responsável por 16 por cento do arroz produzido no país. No âmbito da campanha agrícola 2019/2020, a fazenda conseguiu recolher a sua primeira colheita de 4000 toneladas do grão.

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José Alexandre, administrador da fazenda, citado pela Angop, revelou que esta campanha permitiu à unidade agrícola trabalhar em função dos objectivos estipulados pelo Executivo: aumentar a oferta de cereais e reduzir o número de importações. Mas não só, esta iniciativa também permitiu à fazenda criar 130 novos postos de trabalho.

A Fazenda Santo António conseguiu produzir 4000 toneladas de arroz. Um número que representa cerca de 16 por cento do arroz que é produzido a nível nacional. No entanto, o objectivo da fazenda é duplicar os valores actuais, indicou o responsável.

Para já a fazenda não está a pensar em exportar. De acordo com o responsável, o objectivo é tentar dar resposta às necessidades alimentares do país.

A fazenda, instalada numa área de mais de mil hectares, é composta por um forno de secagem, máquinas de descasque e embalagem e três silos com capacidade para três mil toneladas de arroz cada. Segundo José Alexandre, esta unidade agrícola consegue empacotar seis toneladas de arroz por hora.

Esse arroz é vendido nos mercados locais e a casca do arroz é aproveitada para fazer farelo, indicou.

O responsável considerou ainda que com a redução das importações, poderá haver falta de produtos, sendo que a fazenda terá o desafio de preencher essa lacuna.

Por ano, Angola produz um total de 25 mil toneladas de arroz. Essas 25 mil toneladas, que representam apenas seis por cento do total de arroz que é importado, ainda estão muito longe das necessidades anuais do país, estimadas em 400 mil toneladas de arroz.

Como este alimento é o segundo cereal mais consumido no país, a seguir ao milho, Angola tem de importar a maior parte. Os custos são elevados e, por essa razão, iniciativas como a da Fazenda Santo António ajudam a reduzir os gastos com importações e a tornar o país mais auto-suficiente, além de que permitem gerar emprego e diversificar a economia.

Além do arroz, a fazenda também esta a apostar na produção de feijão, com o cultivo de 40 hectares, e de café, com 65 hectares cultivados.

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