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Maioria dos luandenses defende aulas canceladas até ao próximo ano lectivo

A grande maioria dos luandenses, 90,8 por cento, considera que o ano lectivo deve ser anulado e apenas 7,1 por cento acha que as aulas devem ser retomadas em Setembro, revela uma sondagem sobre as medidas preventivas da covid-19.

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O estudo, enviado hoje à agência Lusa, foi realizado pela Marktest Angola, entre 9 e 13 de Julho, com entrevistas a 447 pessoas, com mais de 15 anos, sobre as novas medidas de prevenção e combate à covid-19.

As aulas em Angola estão suspensas desde Março passado devido à pandemia e deveriam ter retomado a 13 de Julho, mas as autoridades recuaram devido ao aumento de casos de covid-19, sem avançar nova data.

A sondagem avança que apenas 1,7 por cento dos inquiridos defenderam o "arranque das aulas já".

Sobre as novas medidas de prevenção e combate da covid-19, que reafirma a cerca sanitária à província de Luanda, o epicentro da pandemia, e do Cuanza Norte, o uso obrigatório de máscaras na rua, 75 por cento dos luandenses concordam com as decisões.

Entretanto, 8 por cento dos entrevistados não concordam com as novas regras, porque reduzem os dias de venda (20 por cento), provocam dificuldades económicas, nomeadamente falta de alimentos (17 por cento) e não vêem necessidade de se implementar novas medidas (14 por cento), sendo ainda opinião de 7 por cento dos inquiridos, que as autoridades tomaram as medidas sem pensar no povo.

Relativamente ao uso de máscaras de protecção, cuja utilização é agora obrigatória na rua, a sondagem revela que a grande maioria (72 por cento) faz uso das artesanais, feitas com pano do Congo.

"Em relação à sua higienização cerca de 92 por cento dos utilizadores de máscaras do Congo usa-as um dia antes de as lavar e cerca de 96 por cento de utilizadores de máscaras cirúrgicas também as usa apenas um dia", refere o documento, salientando que 61 por cento de quem usa a máscara cirúrgica deita-a fora e 39 por cento reutiliza-a lavando-a.

Em relação ao modo como as autoridades estão a proceder face à pandemia, cerca de 65 por cento considera que está "a proceder bem ou muito bem" e cerca de 11 por cento refere que está "a proceder mal ou muito mal", enquanto cerca de 77 por cento acha que o Presidente da República está a actuar bem perante os desafios da covid-19.

A sondagem indica que mais de metade dos entrevistados (52 por cento) confiam nas informações oficiais sobre a covid-19, mas cerca de 30 por cento consideram que os dados não são credíveis.

Angola regista desde Março, quando surgiu a primeira infecção por covid-19, um acumulado de 576 casos positivos, dos quais 425 estão activos e 124 recuperados, com o registo de 27 mortes.

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