A província do Bengo conta com 14 escolas do secundo ciclo do ensino secundário, que absorve 10.633 alunos, e 80 por cento das mesmas estão com infra-estruturas reabilitadas, com casas de banho e compartimentos com água corrente.
Segundo o director do gabinete provincial da Educação do Bengo, Manuel Fernando "Kurizemba", a expectativa para o reinício das aulas na província é grande e o processo de preparação das condições conta com o envolvimento total de professores e encarregados de educação.
"A segunda fase de criação de condições está voltada à aquisição de sabão, álcool gel, máscaras e, neste domínio, estamos a trabalhar com os encarregados para a aquisição de máscaras, numa quantidade também para estudantes de famílias carenciadas", disse à Lusa.
O responsável assegurou ainda que está igualmente em curso a aquisição de pulverizadores e viseiras para os professores, processo que conta com apoio e empenho do sindicato provincial dos professores.
Já na província do Bié, centro sul do país, as autoridades asseguram que as condições de biossegurança para o retorno às aulas no segundo ciclo do ensino secundário estão igualmente salvaguardadas.
Em declarações à Lusa, o director provincial da Educação no Bié, Evaristo Vitangui, deu conta de que 75 por cento das escolas do segundo ciclo da circunscrição tem água corrente e o restante decorre de alguma avaria "completamente ultrapassável com acções já em curso".
Em relação à garantia de sabão e máscaras para os 34.577 alunos matriculados neste ciclo de ensino, decorrem trabalhos com parceiros sociais e o gabinete provincial da Saúde, que "está a ajudar muito".
"Mas, estamos apostados na lixívia para soluções químicas para lavagem das mãos, em relação às máscaras conversamos com os encarregados de educação e as medidas de controlo e acompanhamento decorrem", frisou.
Para estas autoridades, o reinício das aulas no segundo ciclo do ensino secundário nas respectivas províncias servirá de "barómetro" para o retorno às aulas no primeiro ciclo do ensino primário, previsto para 27 de Julho, frequentado maioritariamente por crianças.
As aulas no ensino geral e universitário do país foram suspensas em Março, antes do Presidente, João Lourenço, declarar o estado de emergência, que decorreu entre 27 de Março e 25 de Maio.
Angola, que vive desde 26 de Maio em situação de calamidade pública, conta com 291 casos de covid-19, sendo 179 activos, 97 recuperados e 15 óbitos.
O decreto que determina a situação de calamidade pública prevê o reinício da actividade no ensino superior e no segundo ciclo do ensino secundário a partir de 13 de Julho embora "dependente da evolução da situação epidemiológica".