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Economia

ONU disponibiliza mais de 100 milhões de dólares a Angola

O Sistema das Nações Unidas em Angola vai investir, até 2021, 106 milhões de dólares em iniciativas sociais e económicas angolanas.

: Paolo Balladelli, coordenador residente cessante da ONU em Angola
Paolo Balladelli, coordenador residente cessante da ONU em Angola  

De acordo com Paolo Balladelli, coordenador residente cessante da ONU em Angola, a estimativa é que sejam investidos cerca de 53 milhões de dólares por ano, considerando que apesar de se tratar de uma "pequena" quantia, é importante para ajudar o país a superar alguns desafios.

Em entrevista à TPA, o responsável admitiu que Angola necessita de vários mil milhões de dólares para conseguir ultrapassar os seus maiores problemas, assegurando que a ONU vai continuar a prestar apoio ao país.

Sem mencionar quais serão os projectos que vão beneficiar deste apoio, Paolo Balladelli indicou que os 106 milhões servirão para o Governo, academias e a sociedade civil implementarem programas de carácter social e económico.

O coordenador da ONU disse ainda que a instituição está a ajudar as autoridades angolanas a avançar com várias iniciativas de nível social e económico e também está a prestar apoio com projectos que promovam o combate à covid-19.

Sobre este último ponto, Balladelli indicou que a ONU está ajudar Angola a ter acesso a mais materiais de testagem.

Deixou ainda a sugestão de que o Governo forme parcerias com órgãos da ONU e com a sociedade civil para que a propagação da doença seja travada, admitindo ser crucial que o Executivo aumente a disponibilidade de água potável à população.

Aplaudiu as medidas tomadas pelo Estado para prevenir a propagação da covid-19, mas disse ser necessário sensibilizar os jovens para o perigo da doença, de forma a que estes cumpram as orientações dadas pelas autoridades de saúde.

Indicou ainda que a ONU pretende disponibilizar, nos próximos 18 meses, 36 milhões de dólares para ajudar Angola a combater o novo coronavírus e frisou que a instituição está a ajudar o país noutras matérias, como por exemplo, com o programa de Transferências Sociais Monetárias, que decorre no país, com recursos da União Europeia e no sector agrícola.

Disse ser importante reforçar e melhorar os serviços de saúde do país, indicando que há um "forte investimento" da ONU nesse sector, mas admitiu que ainda falta profissionalizar os jovens, combater a violência doméstica e empoderar mais a mulher.

Por fim, admitiu que Angola pode ser importante para a economia do continente, considerando que a liderança política do país é crucial para África.

Balladelli está a terminar o seu mandato, depois de ter estado nove anos e três meses à frente do Sistema da ONU em Angola.

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